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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 26 de maio de 2018

Poesia: “O nordeste se enche de alegria Na chegada da chuva no sertão”, um mote glosado por Geraldo Amâncio


“O nordeste se enche de alegria
Na chegada da chuva no sertão”

Numa tarde de inverno o céu se agita
Uma nuvem pesada esconde o sol
Aparece relâmpago, caracol
A cascata do rio enche e vomita
Desce raio de fogo o trovão grita
Na cabeça de um grande torreão
Passa o vento entoando uma canção
Que o porão do açude se arrepia
O nordeste se enche de alegria
Na chegada da chuva no sertão

Da esperança o campônio se agarra
Do fantasma da seca sente medo
Quando chega o natal acorda cedo
Para ver se aurora trás a barra
Inimiga da seca é a cigarra
Que só canta no tempo de verão
O profeta do inverno é o carão
Quando está pra chover ele anuncia
O nordeste se enche de alegria
Na chegada da chuva no sertão

Quando chove na entrada de janeiro
O riacho transborda e solta roncos
Lambe os galhos do mato arrasta tronco
De raízes que encontra em todo aceiro
Passa o sapo montado num balseiro
Parecendo um chofer de caminhão
Não dirige, mas há a impressão
Que onde tem um perigo ele desvia
O nordeste se enche de alegria
Na chegada da chuva no sertão

No inverno o vaqueiro tange bois
O roceiro na luta mete a cara
Queima a broca o que sobra faz coivara
Deixa arranca de tôco pra depois
Corta a terra na baixa de arroz
Faz remonte de cerca, aduba o chão
Abre cova, semeia enterra o grão
Tudo quanto plantar a terra cria
O nordeste se enche de alegria
Na chegada da chuva no sertão

Geraldo Amâncio
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