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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 28 de maio de 2017

Poesia: "Manhã de chuva", um poema de João Batista de Siqueira "Cancão"

Foto: Imagem/Google

MANHÃ DE CHUVA

As andorinhas no rio
Passam baixinho voando
Como crianças brincando
Num lago vasto e sombrio
O mangueiral do baixio
Sente a chuva, estende a rama
No chão, a verdosa grama
Se serve do mesmo orvalho
Que o vento, agitando o galho
A folha treme e derrama

Do sopé da cordilheira
As pequeninas correntes
Se despenham diligentes
Em busca da cachoeira
O xexéu, na aroeira
Olha toda a redondeza
Diante tanta beleza
Se sente todo encantado
Pensa ser o namorado
Mais fiel da Natureza

Dentro do bosque cerrado
A vegetação cochila
Levanta a fronde tranqüila
Sentindo o tronco lavado
Dentro do emaranhado
Que à tarde a sombra rodeia
A ema, lenta, passeia
Em um constante arrepio
Já enfadada do frio
Que a mão da brisa semeia

Passa perto da palhoça
Um boi em lentas passadas
Fazendo as suas pisadas
No balanço da carroça
Vai a tabaroa à roça
Em um ar aborrecido
No caminho mais seguido
Buscar água no regato
Se defendendo do mato
Pra não molhar seu vestido

Caminha o rebanho lento
Do arvoredo vizinho
À procura do caminho
Do planalto lamacento
No campestre friorento
A planta alegre se agita
A flor sorri e palpita
Sentindo os ventos medonhos
Lá dos recantos tristonhos
Que o gênio da sombra habita

O vento passa maneiro
Pelo campo rosciado
Fingindo um céu esmaltado
Coberto de nevoeiro
Na baixada, o ingazeiro
Sente vigor, se renova
Como nos dando uma prova
Se mostra todo florido
Entre o multicolorido
Dum mundo de rama nova.

João Batista de Siqueira “Cancão”

João Batista de Siqueira “Cancão”

Poema extraído do livro: “Palavras ao plenilúnio” de Lindoaldo Campos

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