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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 27 de maio de 2017

Poesia: "Eu deixei um bilhete pendurado, No varal do quintal da casa dela", um poema de Andrade Lima

Foto: Arquivo / Andrade Lima

Eu deixei um bilhete pendurado,
No varal do quintal da casa dela.


No colégio do bairro ela estudava
E eu matuto com medo me escondia.
Toda vez que na estrada ela passava,
Acanhando ofertava-lhe um bom dia.
Era a flor mais bonita que eu já vi
No jardim da natura e pressenti,
Que devia lutar para ter ela.
Me sentindo feliz e balançado...
Eu deixei um bilhete pendurado,
No varal do quintal da casa dela.

Esperei para a missa ela sair
Com seus pais que gostavam de rezar.
- Eu dizia pra Deus: vou persistir...
E essa flor quero tê-la em meu pomar.
Desta vez eu deixei o acanhamento,
E mais alto falou meu sentimento,
Por aquela menina meiga e bela.
Fiz um verso de amor bem caprichado...
E deixei um bilhete pendurado,
No varal do quintal da casa dela.

Escondido eu fiquei lá no oitão,
Esperando da igreja ela chegar.
Eu senti bater forte o coração,
Vendo a flor que eu queria namorar.
Eram seus pais vindo atrás, ela na frente
E eu de perto, avistando levemente,
Suas mãos destravando uma cancela.
Por amor vale tudo e apaixonado...
Eu deixei um bilhete pendurado,
No varal do quintal da casa dela.

Esperei ela ir para o quintal
E encontrar as palavras que escrevi.
Quando viu o envelope no varal,
Eu senti que sentiu o que senti.
Quando abriu, sorridente leu e pôs
No seu bolso, pensando no depois;
E feliz acenei, frechando ela,
Como quem já dizia outro recado...
Eu deixei um bilhete pendurado,
No varal do quintal da casa dela.

Quando ia à escola no outro dia,
Me parou numa sombra do caminho.
Deu bom dia e senti minha alegria,
Aumentar nos seus gestos de carinho.
Ela disse: - eu amei sua atitude,
Não fui logo lhe ver porque não pude;
E encantado: abracei e beijei ela.
Vivo e moro em seus braços, agarrado...
Igualmente o bilhete pendurado,
Qu'eu deixei no varal da casa dela.

Mote e glosa: Andrade Lima 
Em Teresina PI, 26/05/2017. 

CANTIGAS E CANTOS

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