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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Poesia: "Se eu pudesse comprava a mocidade, nem que fosse pagando a prestação", um poema de Geraldo Amâncio

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Foto: Imagem/Google

Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

A primeira paixão eu tive cedo
Contra nós a mãe dela se opôs
Proibiu o namoro entre nós dois
Nosso amor virou cofre de segredo
Quando eu fui lhe beijar foi tanto medo
Que eu tremia cabeça, pé e mão
Ela toda gelada de emoção
Assombrada com essa intimidade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Olha a tela do tempo e me torturo
Mostra o filme do meu inconsciente
Meu passado maior que o meu presente
Meu presente maior que o meu futuro
Se a velhice é doença eu não me curo
Que os três males que atacam o ancião
É desprezo, carência e solidão
E é difícil escapar dessa trindade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Eu andava aprumado e fiquei manco
Hoje o tempo me enjeita e me repurga
Minha pele era lisa e criou rugas
Meu cabelo era preto e ficou branco
Entre as quatro paredes que me tranco
Amarrado nas cordas da exclusão
Eu procuro encontrar respiração
Mas o fôlego só vem pela metade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Entre juras eternas e velhos instantes
Já pesquei ilusões, festejei bodas
Das sereias que eu tive perdi todas
Dez por cento não sou do que fui antes
Cortei mares de espumas flutuantes
Com a força que tem o furacão
Com o tempo virei embarcação
À deriva nas ondas da saudade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Geraldo Amâncio
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CANTIGAS E CANTOS

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