Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Poesia: "Saudade da minha terra", um poema de João Batista de Siqueira (Cancão)

Fotografia de FELIPE EMANOEL

SAUDADE DA MINHA TERRA

Lembro as palmeiras copadas
Daquela terra querida
O prado, a veiga nevada
Das manhãs da minha vida
As florestas circundantes,
As fontezinhas cantantes
Que descem dos tabuleiros
Passam quebrando a canção
Chorosa dos boiadeiros

O bosque, o vale, a devesa
Meus belos campos natais
Parece que a Natureza
Não quer que os veja mais
O canto do rouxinol
Na hora em que o arrebol
É mais suave e brilhante
As manhãs subdouradas
De brancas nuvens franjadas
Do lindo sol do levante

O odor das flores mimosas
Criadas nas cordilheiras
Passa nas mãos carinhosas
Das brisas madrugadeiras
Aquele céu desmaiado,
Ligeiramente azulado,
Prende, domina, encanta
Um véu sereno de neve
Baixa, cobrindo de leve,
A copa verde da planta

O braunal lá do cume
Se estende num vago açoite
Quando o sol rasga o negrume
Do cortinado da noite
A marreca, a jaçanã,
Tudo saúda a manhã
Diante o formoso encanto
O sabiá da campina
Canta a primeira matina
Do matutinário santo

Oh, Felizes serenadas
Meu lindo céu de safira
Montanhas alcantiladas
Por onde a brisa suspira
Monte, vale, veiga, flora
Belos recantos que a aurora
Serenamente irradia
Onde os ventos sertanejos
Dão os primeiros bafejos
No rosto alegre do dia

Nas montanhas espumadas
O sol se esconde sutil
Por trás das nuvens douradas
Do céu sereno de abril
As estrelas fulgurantes
Aparecem, tremulantes
Entre camadas de véu
Surge o luar purpurino,
Espelho sacro e divino
Das namoradas do céu.

João Batista de Siqueira (Cancão)
 Resultado de imagem para POETA CANCÃO

*Poema retirado do livro: “Palavras ao plenilúnio” de Lindoaldo Jr.

CANTIGAS E CANTOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário