Quero sair da cidade
E esquecer todo o barulho;
Ir para o rio e ouvir
Dos peixinhos - o mergulho.
Quero matar minha sede
E me balançar na rede,
Nos braços da minha amada!
Sentir o cheiro das flores,
E ver os agricultores,
Plantando em terra molhada!
Quero escutar na alvorada
O cantar dos passarinhos.
E ver o orvalho caindo
Das folhas pelos caminhos.
Contemplar a natureza
E nadar na correnteza
Que corre dentro do mato.
Eu quero andar de carroça
E lá no meio da roça
Tirar um belo retrato!
Numa casinha do mato
Quero almoçar e jantar;
Tomar café e à noitinha
Do alpendre ver o luar.
Quero dizer poesia
E rezar a "Ave Maria"
Quando o sol nos der adeus.
Me ajoelhar no batente,
Erguer as mãos e contente,
Agradecer tudo a Deus!
Eu quero olhar os pneus
Do carro da nossa vida,
Rodando pelas estradas
E distante da avenida,
Onde anda a corrupção,
Atropelando a nação
Que sofre disparidade.
Quero esquecer o dinheiro
E dizer pro mundo inteiro:
Eu tenho felicidade!
Cultivar cada amizade
No solo do coração!
Abraçar entes queridos
E escutar uma canção
Que tenha uma letra pura,
Para mostrar que a cultura
Predomina em muita gente.
Quero escrever no papel
Literatura em cordel,
Usando a tinta da mente!
Quero escutar o inocente
Mostrar seu lado criança.
Semear: paz, fé e amor
No roçado da esperança.
Quero vida e plenitude;
E cuidar mais da saúde
Pra viver com primazia!
Quero usufruir da vida,
E degustar a bebida
Do Barril da Poesia!
Andrade Lima.
Em Teresina PI, 12/03/2017.
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