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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 1 de agosto de 2015

Poesia: "Eu sou a vida", um poema de Damião Metamorfose

Eu sou a face da terra
Que se move no arado
Pedaço de chão molhado
Com o sangue sujo da guerra
Sou o bezerro que berra
Sentindo a falta do leite
Sou a gota de azeite
Que põe sabor na salada
Um pouco de tudo e nada
Alegórico e sem enfeite.
Alegórico e sem enfeite
Sou urubu que tem fome
Fareja a carniça e come
Resto pra mim é deleite
Eu sou assim me aceite
Humilde até na riqueza
Sou sujeira,sou limpeza
Sou o vento poluído
Pedaço de pão dormido
Sou parte da natureza.
Sou  parte da natureza
Eco do seu sistema
A solução do problema
Comida que falta à mesa
Da serpente eu sou a presa
Da águia sou a visão
Sou ave de arribação
Que migrou para o nordeste
Um sonhador que investe
Ma cultura do sertão.
Na cultura do sertão
Eu sou a roça perdida
O pé de planta sem vida
Falta de chuva no chão
Também sou a escravidão
De um caboclo sonhador
Que nunca guarda rancor
Da mão que já te feriu
Sou a árvore que caiu
No corte do lenhador.
Por isso eu peço um favor
Me respeitem eu sou a vida
Não usem inseticida
Me tratem com mais amor
Usem melhor o trator
A mata é o meu pulmão
Porque tanta ingratidão
Comecem a me proteger
Se eu morrer quem vai morrer
São os filhos de Adão.
Damião Metamorfose
Repentes, motes e glosas
Jornal Besta Fubana

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