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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 2 de agosto de 2015

PROSA: A crítica americana se rende a Clarice Lispector

Com a publicação de todos seus contos em um volume, Clarice ganha espaços prestigiosos e inéditos, como a capa do suplemento dominical do New York Times

Clarice Lispector tem encantado revistas e jornais americanos através do seus contos / Divulgação

Você pode defini-la como uma das autoras latino-americanas que foram “realmente originais”, ao lado de Jorge Luis Borges, Juan Rulfo e Machado de Assis, como fez o New York Times. Ou pode dizer que ela está entre os “gênios escondidos” do século 20 junto com Fernando Pessoa – exatamente como o escritor irlandês Colm Tóibín. Ainda pode descrevê-la como uma “latino-americana visionária”, ressaltando que ela é quase “um santo medieval que viajou no tempo para um apartamento em um arranha-céu do Rio para fumar um cigarro atrás do outro e visitar cartomantes” – imagem evocada pela revista The New Republic. Todas essas são formas quase adequadas de explicá-la, claro, mas nenhuma é tão misteriosa e exata quanto simplesmente dizer “Clarice”.

A escritora nascida na Ucrânia e criada no Recife é alvo de um novo encantamento coletivo através da sua obra, agora nos Estados Unidos. Mesmo com cinco romances já publicados por lá, além da biografia feita por Benjamin Moser, o reconhecimento de Clarice Lispector alcançou um novo patamar. No domingo passado, ela se tornou o primeiro nome da literatura brasileira a estampar a capa do suplemento dominical de livros do NY Times, com uma resenha do volume The Complete Stories (Contos Completos), organizado por Moser e traduzido por Katrina Dodson.

Segundo o biógrafo e difusor entusiástico da obra de Clarice, a capa é um acontecimento superlativo. O espaço pode ser considerado “o mais visível, o mais prestigioso, o mais isso e o mais aquilo, não somente nos Estados Unidos, mas no mundo”, destaca. “Para muitos grandes escritores americanos, seria a coroação de toda uma vida. Muitos nunca chegaram lá. Para mim, vê-la ali, depois de dez anos de trabalho em prol de uma pessoa que era quase completamente desconhecida, é emocionante.”

“Quando comecei, as pessoas achavam que eu era louco”, confessa Benjamin Moser. Clarice era completamente desconhecida nos Estados Unidos quando o biógrafo e ensaísta partiu para a investigar a vida e a obra dela. Não eram poucos os percalços: fazer uma biografia de alguém quase ignorado em um país é tarefa ingrata.

“E, para piorar a situação, de uma pessoa desconhecida cujos livros eram impossíveis de ler na língua em que estava tentando chamar a atenção. Ninguém vai traduzir a obra de uma pessoa morta e desconhecida. Ninguém vai comprar uma biografia de uma pessoa morta e desconhecida”, confessa, em entrevista por e-mail. “Mas resolvi quebrar aquela negatividade. Como disse Clarice: ‘Tudo no mundo começou com um sim.’ Eu disse sim a ela, convencido de que, dada a oportunidade de conhecê-la, os meus patrícios ficariam tão empolgados como eu. E foi o que aconteceu. Sou muito, muito grato”.

Um dos pontos elogiados nos comentários críticos até então é a tradução de Katrina Dodson. Para ela, o desafio foi uma espécie de sonho – ao mesmo tempo um prazer enorme e a coisa mais difícil que já fez. “Foi até uma experiência transformadora. Sou hoje uma mulher renascida!”, afirma. “Acho que os contos revelam uma Clarice mais humana, e dá para sentir mais do humor perverso dela e mais do amor que ela sentia pelo mundo e pelas pessoas, com todas as suas vaidades e manias.”

Diogo Guedes

JConline

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