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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 19 de maio de 2015

MEMÓRIAS: A presença de Raulzito

Registrado em DVD, show coletivo "O Baú do Raul", dedicado ao repertório do roqueiro baiano, reúne de Nação Zumbi, Zeca Baleiro a Digão (Raimundos)


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O tributo foi gravado ano passado, quando faziam 25 anos de morte de Raul Seixas
FOTO: DIVULGAÇÃO
Incluir Raul Seixas no panteão dos artistas "atemporais", que não deixam de ser atuais pelo correr das décadas, não é exagero de fã, nem sinal da devoção de algum "raulseixista". Está provado.
Ao passado, já se fecharam 25 anos de sua morte, e a cada aniversário, de vida ou falecimento, o roqueiro baiano ganha tributos em show, disco e DVDs, que alimentam a cadeia produtiva da cambaleante música brasileira. E, por vezes, com boas novidades.
Foi o caso do documentário "O início, o fim e o meio", lançado em 2012, e que preencheu uma lacuna injusta à memória do músico; e é o caso do novo tributo, "O Baú do Raul - 25 anos sem Raul Seixas", gravado ano passado e lançado este ano pela Som Livre. Raul completaria no mês que vem 70 anos de idade. O nome "Baú do Raul" faz referência ao lendário baú onde músico guardava suas memórias, desde a infância, e que está aos cuidados de sua última esposa, Kika Seixas. A ex-esposa faz a direção musical do tributo. O título já foi utilizado em disco póstumo, lançado em 1992; também no registro do show, de 2004, veiculado pela Multishow; e no audiobook, lançado em 2009 - nos 20 anos de sua morte - com organização de Sílvio Essinger e narração de Tico Santa Cruz.
O novo show coletivo, lançado em CD e DVD, é uma espécie de continuação do registro de 2004, que também tinha Kika Seixas como idealizadora. Na época, além do DVD, o registro saiu em CD duplo, totalizando 24 canções. Poucas delas foram repetidas na nova homenagem. Motivo, talvez, pelo qual estão ausentes clássicos do repertório de Raulzito, como "Ouro de Tolo" - primeiro grande sucesso, que projetou de vez o roqueiro - ou "Como Vovó já Dizia" e "Gita", todas contidas no primeiro tributo. "Sociedade alternativa", que estava no anterior, ganhou versão apenas nos extras do novo show. E, ainda assim, não faltam pérolas de grande sucesso.
Convidados
O lançamento reúne 24 faixas, além de um "making of". Foram convidados artistas que, em alguma medida, tinham relação com Raulzito e sua obra, seja de admiração, amizade ou parceria. Canções como "Rock das Aranha", "Cowboy fora da lei", "Eu nasci há 10 mil anos atrás", com releituras respectivamente por Luiz Carlini (banda Tutti Frutti), Marcelo Jeneci e Gabriel Moura vêm intercaladas pelo lado B do artista, como "Aos trancos e barrancos", sambinha do mítico disco "Raul Seixas e a Sociedade da Grã-Ordem Kavernista" - que reunia ainda Edy Star, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio - com versão de Zeca Baleiro; e "Pai nosso que está na terra", letra de Raul Seixas musicada pelo Ira!, em 1993, com interpretação no show dos próprios Nasi e Edgard Scandurra.
A força e atualidade do repertório de Raul está estampada na apropriação feita por artistas diferentes vertentes e épocas - dos contemporâneos, como Jerry Adriani, com um baile iê-iê-iê de "Você ainda pode sonhar", acompanhado pela primeira banda do baiano, Os Panteras; aos mangueboys do Nação Zumbi, que fazem de "Conserve seu medo" um autêntico hino da música pernambucana. Com B Negão, "Metrô linha 743" vira um rap estilizado entre "uá-uás" e sintetizadores, que poderiam ter assinatura de sua banda, os Seletores de Frequência.
Entre os jovens, há ainda uma boa performance de Tico Santa Cruz (Detonautas) e do paulistano Marcelo Jeneci (duas figuras bem distantes musicalmente, mas afinados com Raul), que faz dueto com a cantora Laura Lavieri.
Além da parte musical, o DVD traz parte do acervo do Baú, que é projetado no palco do espetáculo; e presente no "making of", que inclui ainda depoimentos. "Raulzito era a figura mais divertida que você possa imaginar", lembra o ex-companheiro de Os Panteras, Eládio Quintela. "Raul era pirado, era louco... Essa loucura é depois que ele alcançou sucesso do quarto dia em diante. Aí ele experimentou tudo", registra também sobre o amigo Edy Star, que regravou "Sessão das 10", música lançada por ele no Sociedade da Grã-Ordem Kavernista.
Rick Ferreira relembra o impacto que foi a obra do Raul. "Quando conheci ele, em 1974, foi o mesmo impacto de quando eu conheci os Beatles, quando eu tinha 11, 12 anos", diz, sobre a "tsunami" que ainda hoje faz a cabeça de tantos músicos e fãs.
DVD
O Baú do Raul - 25 anos sem Raul Seixas
Vários artistas

Som Livre
2015, 24 faixas
R$ 27,18

Fábio Marques
Repórter

Diário do Nordeste

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