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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

CULTURA POPULAR: Pernambuco dá adeus a Dona Selma, a Rainha do Coco

Cantora morreu sábado, após quase um mês internada. Enterro foi nesse domingo, em Olinda


Legenda

Foi ao som de suas canções e da sua inesquecível gargalhada transformada em bordão que fãs, amigos e familiares se despediram da cantora Selma do Coco, que morreu no final da tarde do última sábado. Ela foi enterrada ontem, às 16h, no Cemitério de Guadalupe, Olinda.

Selma tinha 80 anos e estava internada na UTI do Hospital Miguel Arraes, Grande Recife, desde o dia 11 de abril, após fraturar o fêmur numa queda em casa. O motivo da morte, segundo a unidade de saúde, foi "falência múltipla dos órgãos".

O corpo de Selma do Coco foi velado durante a tarde no Clube Vassourinhas, bairro do Amparo, no sítio histórico de Olinda, próximo à casa da artista. Nomes como a cantora Lia de Itamaracá, o percussionista Naná Vasconcelos e os coquistas Mestre Galo Preto e Aurinha do Coco prestaram suas últimas homenagens a Selma.
"Tínhamos uma amizade que era uma maravilha. Fomos como irmãs. Tenho muito amor por Selma. É mais um Patrimônio Vivo que se vai", diz Lia de Itamaracá. "As netas dela devem assumir o coco".

Selma do Coco criou 13 sobrinhos, teve apenas um filho, Zezinho (que morreu em 2010) e deixa dez netos. Segundo Adriana Andrade, uma das nestas da cantora e sua procuradora, que acompanhou a avó durante todo o internamento dela, agora o objetivo da família é transformar a casa onde morava a artista em um museu e reativar espaço cultural criado por ela.

Nascida em Vitória de Santo Antão, Zona da Mata de Pernambuco, Selma Ferreira da Silva, como fora batizada, veio para o Recife aos 10 anos para morar no bairro da Mustardinha, Zona Oeste do Recife. Desconhecida até então, só saiu do anonimato quando passou a vender tapioca no Alto da Sé, em Olinda. Nas horas vagas, fazia roda de coco no quintal de casa, quando conheceu figuras importantes para sua trajetória pessoal e artística. Um deles foi o músico Chico Science.

Ontem, muita gente foi acompanhar o sepultamento de Selma, que ficou famosa no Brasil na década de 1990 com a música A rolinha, sucesso do Carnaval recifense de 1996. Em frente ao Clube Vassourinhas, vizinhos e fãs se reuniram para acompanhar o velório que, além de rezas, teve também, claro, coco.

O caixão com o corpo da cantora saiu em cortejo pelas ladeiras de Olinda em direção ao Cemitério de Guadalupe ao som das canções de Dona Selma. Além de A rolinha, ouviu-se também Minha história, que fala da vida de anonimato à fama vivida pela artistas que passou a ser chamada de Rainha do Coco.

Uma boneca gigante de Selma, feita pelo artista plástico olindense Silvio Botelho, também foi levada no percurso. E por onde o caixão passou foi aplaudido pelos moradores. O sepultamento também teve música.



Selma do Coco estava internada há 26 dias. Ela foi encontrada caída em casa, com o fêmur faturado. Deu entrada no Hospital da Restauração e depois foi transferida para o Hospital Miguel Arraes. Ao dar entrada na unidade de saúde, ela foi diagnosticada também com uma infecção urinária (logo controlada pelos médicos) e um dos rins paralisado.

No dia 23, a cantora fez uma cirurgia no fêmur e, em seguida, foi para a UTI, chegando a ser entubada. No dia seguinte, apresentou melhora e recebeu visita dos parentes. No último sábado, ela não resistiu e morreu.

Mateus Araújo

JConline

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