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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 12 de maio de 2015

ESCRITA: As críticas de Álvaro Lins sobre autores nordestinos

Em livro publicado pela Cepe Editora, o "Imperador da Crítica" analisa nomes como Graciliano Ramos, João Cabral e Nelson Rodrigues


Álvaro Lins era um dos maiores nomes da crítica quando vivo / Reprodução

Álvaro Lins era um dos maiores nomes da crítica quando vivo

Reprodução


O trabalho de recuperação da fortuna crítica e, por meio dela, da importância da produção do pernambucano Álvaro Lins para a literatura brasileira tem sido muito oportuno. Lançado em março deste ano pela Cepe Editora, o volume Álvaro Lins – sete escritores do Nordeste, com organização de Eduardo Cesar Maia, é uma chance de conhecer a veia ponderada, quase sempre certeira e elegante do crítico.

Na época das críticas de rodapés – referência ao espaço que as análises de livros ocupavam nos jornais –, Álvaro era considerado o “Imperador da Crítica” por Carlos Drummond de Andrade. Depois de trazer os textos que expunham as suas reflexões sobre o ofício em Sobre crítica e críticos, Eduardo selecionou agora sete textos sobre autores nordestinos, numa gama que vai de um João Cabral de Melo Neto iniciante a um Nelson Rodrigues censurado, com Jorge Amado, Augusto dos Anjos, Jorge de Lima, José Lins do Rêgo e Graciliano Ramos no meio.

O volume resgata mais do que as opiniões de Álvaro Lins sobre livros desses autores: é uma forma de entender como sua análise funcionava. Ele tinha uma mente amplamente aberta e, mesmo sendo católico, não tecia ressalvas a autores ateus ou comunistas. Apesar de escrever sobre amigos, ele não se furtava a fazer ressalvas ou críticas duras quando necessário – mas sempre com uma elegância absurda, que mostra o seu intuito de melhorar o texto do autor, nunca de diminuí-lo. Ainda hoje, a crítica acadêmica e jornalística tem muito a aprender com esses textos.

Caetés, de Graciliano (um de seus autores favoritos), é destroçado. A peça Álbum de família, de Nelson, merece defesa contra a censura do governo, mas é, para ele, “sem estilo, sem técnica teatral, sem imaginação e sem poesia dramática”, ao contrário das obras anteriores do pernambucano. O pior caso é Jorge Amado: Álvaro destacava sua capacidade de contar histórias, mas reclamava de seus personagens planos e aponta até erros sérios na escrita de São Jorge de Ilhéus, sem redenção para quase nenhum dos livros do autor baiano.

Diogo Guedes

JConline

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