LOURIVAL BATISTA.
Vamos continuar a peleja, alternando: verso e prosa,
até o dia do centenário do genial poeta, Louro do Pajeú.
Cantando com - Clodomiro, que se emocionou com a
chegada de um deficiente físico, na cantoria, Lourival, escutou o lamento e a
solidariedade do colega que terminou uma sextilha, dizendo - O que eu vi nesse
moço/ Deixou-me triste demais. Ao que Louro respondeu:
- O aleijão do rapaz
Eu achei muito incomum
Tem o corpo parecendo
Um saco de jerimum
Que a gente botando um nível
Não dá em canto nenhum.
Na feira de louça, em Campina Grande-PB, cantavam:
Lourival e o seu irmão caçula, Otacílio, momento em que Otacílio, fechou uma
sextilha - Eu sou um cantador novo/ E não respeito Lourival. Pra que mexer com
marimbondo?
Louro - Mas eu sou o general
Do quartel da inteligência
Tu és um soldado raso
Sem luz e sem consciência
Que quando me ver se esconde
Pra não prestar continência. Né véi?
Em tempo: são raros os livros publicados até hoje,
relacionados à cantoria de viola, que não constam o nome de Lourival Batista,
além de vários outros com textos e biografias dedicados ao mestre. Sugiro a
leitura de - Lourival Batista Patriota, do poeta, pesquisador e praticamente,
conterrâneo do Lourival: Ivo Mascena Veras. Um trabalho arrojado, dedicado, com
visão e ampla informação, sobre essa entidade, chamada: Lourival Batista Guedes
Patriota.
Ésio Rafael
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