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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Poesia: "Moteando" o amor, versos de Vinícius Gregório

 

"MOTEANDO" O AMOR

É sublime a destreza do poeta
Em saber transcrever nossos momentos.
Acho até que ele vê os sentimentos
Que por vezes nos toma e nos afeta.
Através do que escreve ele projeta 
Alegrias e angústia a nos rondar...
Os seus versos nos fazem afogar
Qualquer resto de dor, qualquer lamento.
Com palavras expressa o sentimento
De quem sente e não sabe se expressar.

Quem, na vida, já não sentiu vontade
De expressar seu amor a sua amada,
Procurando uma frase apaixonada
Que mostrasse o que sente de verdade?
Eu senti dessa tal necessidade,
Só não tive na hora o que dizer,
Mas depois disse um mote, com prazer,
Que um poeta escreveu e hoje eu “arrego”:
“Sou capaz de pedir pra ficar cego
Se eu olhar para o mundo e não te ver!”

De repente o ciúme me invadiu
Por saber que ela teve outros amores,
Que também deram cartas, deram flores,
Que com eles ela também sorriu.
Esse mesmo ciúme que floriu
Transformou-se em razão de dissabor.
Afoguei em um mote a minha dor
Quando eu disse pra ela, enternecido:
“Eu só sinto na vida é não ter sido
A primeira ilusão do teu amor.”

Pronto! Um mote me fez dizer de tudo
Que eu queria dizer naquele instante.
Acontece que um pouco mais adiante
Quis falar algo mais e fiquei mudo.
O silêncio pairou em mim, contudo
Segurei com firmeza, nela, as mãos,
Dei-lhe um beijo nos seus lábios pagãos,
Disse um mote de braços para os ares:
“Da maneira que te amo, se me amares,
No amor nós seremos dois irmãos.”

Mas que pena que a mesma não me amou,
Não quis mais os carinhos que lhe dava.
No começo ela achava que me amava
E o amor foi tão fraco que acabou.
Da promessa de amor, só me restou
A que fiz, verdadeira, mas em vão.
Perguntaram se eu a esqueci ou não.
Respondi nesse mote em nostalgia:
“Poderei esquecê-la se algum dia
Me arrancarem do peito o coração!”

Muito tempo passou do nosso fim,
Muitas horas sem graça se passaram,
Muitos dias frientos se acabaram,
Todos eles sem ela junto a mim.
Esquecê-la, virou desejo, sim,
Pois saudade demais ninguém merece.
Busco um mote e esse mote que aparece
Cada vez me maltrata e me amordaça:
“Passa tudo na vida, tudo passa,

Mas nem tudo que passa a gente esquece!”

Vinícius Gregório

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