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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CINEMA: Cine-ceará >> Canções e histórias em 35mm

A edição deste ano traz documentários sobre artistas como Ney Matogrosso, Mercedes Sosa e Arnaldo Baptista

A arrepiante história da cantora e compositora chilena Violeta Parra recebeu, no ano passado, aplausos e mais aplausos na abertura do Cine Ceará, no Theatro José de Alencar. O filme "Violeta foi para o céu", de Andrés Wood, abriu a mostra, foi elogiado desde o primeiro momento e acabou ganhando o Troféu Mucuripe, nas categorias de Melhor Longa-Metragem e Melhor Roteiro. A mostra competitiva incluía ainda "Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!", documentário sobre a Tropicália, de Ninho Moraes e Francisco Cesar Filho.
Vidas no cinema: Ney Matogrosso, Mercedes Sosa e Arnaldo Baptista FOTO: FERNANDA OLIVEIRA (22/09/06)/ AFP/DIVULGAÇÃO

O casamento de música e cinema, sob as facilidades das novas tecnologias de registro de áudio e vídeo, além de boas trilhas sonoras, vem revelando uma fonte preciosa de histórias, seja no formato ficcional, seja em documentários.
Este ano, a programação do Cine Ceará - que começa neste sábado, dia 7, com abertura às 19h30 no cinema do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - promete novas e boas emoções: sete longas-metragens sobre música, incluindo dois na mostra competitiva. O festival reúne produções com enfoques que vão da cena de rock candanga dos anos 1980 (com "Rock Brasília - Era de Ouro", de Vladimir Carvalho, 2011), aos inéditos "Mercedes Sosa - A voz da América Latina" (2013, Argentina), dirigido por Rodrigo H. Vila, e "Olho Nu" (2013, Brasil), filme de Joel Pizzini, que retrata a vida e obra de Ney Matogrosso a partir de imagens do acervo pessoal do artista. Os dois últimos disputam mostra competitiva do festival.


Fazem parte também da programação os documentários "Loki", de Paulo Henrique Fontenelle, sobre o mutante Arnaldo Batista; "Jorge Mautner - O Filho do Holocauto", dirigido por Pedro Bial e Heitor D`Alincourt; "Dzi Croquettes", de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, que dialoga com a música através de depoimentos Gilberto Gil, Nelson Motta, Ney Matogrosso, para recompor a trajetória do grupo de atores e bailarinos que se tornaram símbolos da contracultura; e "Canções do Exílio - A labareda que lambeu tudo", de Geneton Moraes Neto. Na paralela do tema, compondo o amalgama musical, está ainda o filme "Solidões", segundo filme do compositor Oswaldo Montenegro, drama musical que faz menção à canção homônima, também de sua autoria.

 Música brasileira

"Eu pessoalmente, sou viciado em música. Ela me inspira de maneira incrível e a música brasileira é muito rica. Cada cantor retratado tem histórias ricas para contar. Acho que a gente consegue unir as duas coisas nos filmes", declara Paulo Henrique, diretor de "Loki", sobre a recente leva bons retratos musicais do cinema. Ele participa da Mostra Canal Brasil com dois longas. Além do filme sobre o ex-Mutantes, apresenta "Dossiê Jango", documentário de 2012 sobre a morte do ex-presidente do Brasil João "Jango" Goulart.

Embora com dois personagens de universos bastante diferentes, ele reforça que, em ambos, o ponto de intercessão é precisamente a força da história de cada um dos personagens. "Quando a gente começou a fazer o filme do Arnaldo, em 2005, minha preocupação não foi fazer filme musical. Foi contar a historia de uma pessoa. A preocupação é contar bem a história, independente de ser músico ou não", explica o realizador.

O impacto do filme de Arnaldo Baptista, por exemplo, para o diretor deveu-se não apenas ao sucesso das canções dos Mutantes, mas a saga de herói que tinha o personagem, que passou da fama com o grupo tropicalista ao ostracismo, sofreu um acidente grave e conseguiu se reerguer através de outra arte, a pintura.

A música tem uma coisas especial que é ser abstrata. Quando você a ouve acaba remetendo a fase da sua vida. Através dela vai caminhando para outras histórias. O filme do Arnaldo também conta a história dos festivais, da ditadura", reflete o diretor, que atualmente trabalha no documentário biográfico de Cássia Eller, projeto da Migdown Filmes, que deve ser finalizado até o fim do ano.

Inéditos

Entre os que ainda não chegaram ao circuito comercial na programação do Festival, "Olho Nu" vem cercado de expectativa e promete ser um prato cheio para os fãs de música brasileira. Conhecido pela discrição quanto à sua vida pessoal, Ney Matogrosso abriu seu arquivo pessoal para o diretor Joel Pizzini. O longa-metragem inclui registros em áudio e imagem, tanto da vida pessoal do artista, como de antológicas performances. O filme é definido como um "espetáculo-síntese" de sua trajetória, incluindo material de palco de apresentações recentes de Ney. O filme encerra a programação de quarta-feira, dia 11, exibido às 20 horas, no Cinema do Dragão do Mar.

Ampliando o leque para a música latino-americana, a não menos admirada no Brasil, Mercedes Sosa, protagoniza a exibição de quinta-feira, também às 20 horas, no Cine Dragão. "Mercedes Sosa - A voz de América Latina", título original, é o segundo documentário sobre a cantora dirigido pelo cineasta Rodrigo H. Vila, que em 2009 assinou "Mercedes Sosa: cantora, un viaje íntimo".

Conhecida internacionalmente, a argentina Mercedes Sosa teve grande sucesso na década de 1970 no Brasil, gravando ao lado de ícones nacionais como Chico Buarque, Milton Nascimento, Fagner, Caetano Veloso e Gal Costa. O filme resgata desde a juventude da cantora, ainda não conhecida, entre as décadas de 1950 e 1960, passando pela fama, as lutas que assumiu durante sua trajetória, seu ativismo político. Tudo com grande apelo visual e, claro, musical.

A programação desta edição do Cine Ceará está dividida entre as salas de cinema do CDMAC, o auditório da Unifor, a Caixa Cultural (que abriga os filmes de jovens cineastas cearenses, na Mostra Olhar do Ceará), contando ainda com debate com realizadores no auditório do Seara Praia Hotel. Os ingressos são gratuitos e devem ser adquiridos meia hora antes das sessões.

Confira trailer





Programação

Música no Cine Ceará

Mostra competitiva (longas)


11/09, às 20h - "Olho nu" (2013), de Joel Pizzini, no cinema do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
12/09, às 20h - "Mercedes Sosa" (2013), de Rodrigo H. Vila, no CDMAC

Mostra Canal Brasil

De 9 a 12 de setembro, no auditório da Biblioteca Unifor
9/09, às 9h30 - "Dzi Croquettes" (2009), de T. Issa e Raphael Alvarez
10/09, às 9h30 - "O Filho do Holocausto" (2012), de Pedro Bial e Heitor D`Alincourt
11/09, às 9h30 - "Loki" (2008), de Paulo Henrique Fontenelle
11/09, às 15h30 - "Rock Brasília" (2010), de Vladimir Carvalho
12/09, às 9h30 - "Canções do Exílio" (2010), de Geneton Moraes Neto

FÁBIO MARQUES
REPÓRTER 
Diário do Nordeste

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