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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Poesia: "Ponta de espinho", um poema de Arlindo Lopes



PONTA DE ESPINHO

A minha “Ponta de Espinho”
Forjada na natureza
Detém a sua nobreza
De manter-se no caminho
Pra combater desalinho
De quem vive preparado
A tornar realizado
O seu feito negativo...
E assim, com espinho crivo
Seu coração desalmado

Tendo meu espinho em riste
Eu mantenho minha guarda
Protegendo a retaguarda
De quem de mim não desiste
Mas minha ponta persiste
Em perfurar a barriga
De quem sai atrás de briga
Desafiando o parceiro
E com meu pé de facheiro
Espeto quem caça intriga

Meu espinho não tolera
Quem na vida é violento
Nem elevo o pensamento
Pra quem violência gera
Pois pertenço a uma era
De paz, amor, coerência
E em nome da consciência
Com espinho de “Braúna”
Vou perfurar a coluna
Vertebral da violência   

Minha revolta maior
É com político bandido
Que tem viver corrompido
Roubando mais do menor
Que derrama seu suor
Pra conseguir o seu pão
Mas encontro solução
No espinho “Unha de Gato”
Espetando cada “Rato”
Na palma de cada mão.

A justiça tem a venda
Por sobre os olhos da cara
Para ocultar sua tara
Que sente pela contenda
A justiça é uma lenda
Na sua “Lei da Preguiça”
Pro justo, há injustiça
Pro injusto, nada é grave
E meto “Espinho de Agave”
Na cegueira da  justiça

Com espinho longo, estreito
Do “Cacto Mandacarú”
Num ritual de vodu
Vou furar o preconceito
E a traição do mesmo jeito
Vou furar sem dar perdão
Pois em quem viveu traição
Vou plantar sem piedade
Uma “Coroa de Frade”
No lugar do coração.

Furo o peito da ganância
A cabeça trapaceira
A garganta fofoqueira
A boca da arrogância
A fronte da ignorância
O rosto da vaidade
O pé da rivalidade
A mente da covardia
A visão da tirania
E a alma da falsidade      

Vou destilar toda ira
Com furada venenosa
Na língua perniciosa
Que se dedica à mentira
E feito a presa vampira
Vou aplicar a mordida
Em toda carne banida...
Afirmo, assino e sublinho
Que o livro “Ponta de Espinho”
É obra feita pra vida.

Arlindo lopes

Poema extraído do Livro “Ponta de Espinho”, do poeta cordelista Arlindo Lopes “Pirraia”, lançado recentemente.  

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