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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Poesia: "Final de seca", um poema de Antônio Nunes


A imagem pode conter: árvore, céu, ar livre, natureza e água
Fotografia de Bernardo Sousa (Bisaco do Doido)

FINAL DA SECA
 
As barragens estão cheias
Os açudes transbordando
Onde tinha alguém chorando
Passeia o prazer nas veias
Corre água nas areias
Dos riachos da nascente
E a fome foi na enchente
Que a correnteza levou
O fim da seca chegou
Salvando o Sertão carente

No roçado a plantação
Dá os primeiros sinais
A abelha nos florais
Faz a polinização
Volta a cantar o carão
Comemorando a enchente
E um jegue velho e doente
Bebeu água e melhorou
O fim da seca chegou
Salvando o Sertão carente

Já tem jerimum vingando
O feijão verde surgindo
O maracujá abrindo
Uma flor nova brotando
A floresta festejando
Ficou verde de repente
E na vereda a serpente
Come o que o dente matou
O fim da seca chegou
Salvando o Sertão carente

Na vaca um bezerro mama
Passa a fome do bezerro
E na beirada de um aterro
Desce a enchente de lama
O vem-vem na mata chama
Dizendo a noiva o que sente
Quer namorar novamente
E foi por isso que cantou
O fim da seca chegou
Salvando o Sertão carente

No Rio desce a esteira
Dos borbotões da corrente
"Na medida da enchente
Que fez o Fura barreira"
O sol apaga a lareira
Se deitando no poente
Parecendo de repente
Que a brasa dele apagou
O fim da seca chegou
Salvando o Sertão carente.

Antônio Nunes

“Poeta de Itapetim-PE.”
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, barba, óculos graduados e closeup

CANTIGAS E CANTOS

Um comentário:

  1. como meu pai é poeta adorei esse site e gostaria muito de postar no site um trabalho do meu pai com o tema:
    como é que se prende um passarinho,
    sem matar sem roubar sem fazer nada. trabalho dele

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