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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Poesia “A vida pior do mundo é melhor do que morrer”, um mote glosado por João Paraibano e Severino Feitosa



A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer

Embora eu fique ancião, 
vivendo em lugar incerto, 
não quero caixão aberto, 
nem vela acessa na mão, 
nem que eu viva na prisão, 
a polícia a me bater, 
sem olhar o sol nascer 
no meu torrão rude, imundo. 
A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer.*

Eu peço ao onipotente, 
não mude a minha vontade, 
não tenho medo da idade, 
eu quero é chegar na frente, 
se um dia eu ficar doente, 
sem poder locomover, 
sem vontade de comer, 
oiça curta e olho fundo. 
A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer.**

A morte tem lance ingrato, 
da cova ninguém arranca, 
ao invés da meia branca, 
eu quero meia e sapato 
eu tendo que bater, bato, 
pra o rival não me bater, 
que é melhor envelhecer 
do que morrer num segundo. 
A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer.*

Mais alto do que os Andes 
estou em todos terrenos, 
não acompanho os pequenos, 
fico do lado dos grandes, 
disse assim José Fernandes, 
que não vai se aborrecer, 
não faltando o que comer, 
outra coisa em não confundo. 
A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer.**

Na casa que eu estou morando, 
quero escutar sem complô, 
um neto olhando, vovô, 
e eu perto lhe abençoando, 
minha mulher implorando, 
pra meu corpo não morrer, 
e ouvir meu filho dizer, 
papai já tá moribundo. 
A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer.*

Se eu tiver esse pecado, 
não vou lamentar da vida, 
se eu gostar de bebida, 
um amigo é meu prezado, 
eu posso comprar fiado, 
se achar quem me vender, 
e quando eu quiser beber, 
passar um cheque sem fundo. 
A vida pior do mundo 
é melhor do que morrer.**

João Paraibano* e Severino Feitosa**

Pedro Fernando Malta - Repentes, motes e glosas
Jornal Besta Fubana

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