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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Poesia: Homenagem Ao Poeta João Batista de Siqueira"Cancão", Por Patativa do Assaré




Não está no gesto escrito
Qual a pessoa feliz
Pois muitas vezes o dito
A verdade contradiz.
Às vezes vem um sorriso
Disfarçar um prejuízo
Sempre houve contradição
Entre a grande humanidade
Vou provar esta verdade
Caro poeta Cancão

No meu modo de julgar
Tenho Deus por testemunha
É mesmo de admirar
O erro da tua alcunha
O teu vulgo está oposto
Ao grande prazer e gosto
Que a tua musa nos dá
Eu não te julgo Cancão
Na minha interpretação
És um grande sabiá

Esta suave ternura
De tua musa sublime
Nos afugenta a tortura
Do pranto que nos oprime
Estas jóias cintilantes
De teus poemas cantantes
Para mim são obras-primas
Quer no prazer quer na mágoa
Tu fazes de um pingo de água
Um oceano de rimas

Compondo a beleza rara
Da poesia sonora
Tua noite é sempre clara
E o teu dia é sempre aurora
Pois, mesmo sendo Cancão
Gozas da mesma atração
Do famoso uirapuru
Teu verso causa ciúme
E possui mesmo o perfume
Das flores do Pajeú

Colhendo o mais puro suco
Das rosas do teu rincão
Tu cantas o Pernambuco
Teu glorioso Leão
Cantas a crista do monte
E o choramingo da fonte
Das luzes mais protetoras
Já nasceste iluminado
E serás sempre lembrado
Pelas gerações vindouras

Com um primor estupendo
O teu livro nos aponta
A tarde que vai morrendo
E o dia quando desponta.
Teu verso sentimental
De beleza natural
Entra em nosso coração
Com amor e complacência
Tem das flores a essência
E a doçura do perdão

Poeta de alma sentida
Tu vives entre os primores
Honrando a terra querida
Dos famosos cantadores
Uma brisa benfazeja
Sobre o teu estro bafeja
Tu és com amor e fé
Orgulho de tua gente
E serás eternamente
A glória de São José

Te fornece com bondade
O espírito que te guia
A franca espontaneidade
Desta tua poesia
Poeta predestinado
Teu sonho é sempre dourado
Quando leio os versos teus
Sinto o suave perfume
E vejo no teu volume
O santo dedo de Deus

Nos teus versos, caro amigo
Que jorram como a nascente
A gente sente contigo
Tudo que tua alma sente.
Com inspiração divina
A tua lira domina
O vale, o sertão e a serra
Com melodias infindas
Colheste as flores mais lindas
Que o teu Pajeú encerra

A tua imaginação
Tem um amplo repertório
Canta, canta, meu Cancão
De um vulgo contraditório
Pois mesmo com este nome
Não há no mundo quem tome
Isto que a tua alma encerra
Tu tens o canto saudoso
Do sabiá sonoroso
Das plagas da nossa terra


Patativa do Assaré

Poesia extraída do livro “Cante Lá Que Eu Canto Cá  Editora Vozes - páginas. 117 a 120

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