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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Poesia: "As coisas que eu canto mais", um poema de João Paraibano

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AS COISAS QUE EU CANTO MAIS

As coisas que eu canto mais
Da linguagem sertaneja
É trovão que abala os montes
A chuva que o céu despeja
O poço que o peixe nada
E a rosa que abelha beija

O que mais eu sei cantar
Rachões de chão poeirento
A flor da jurema preta
Se balançando no vento
Como capelas de noivas
Na hora do casamento

Eu só sei cantar a jia
Do cacimbão do riacho
O cabrito enxiqueirado
Mastigando  pó de cacho
Cheirando o peito da cabra
Pra se ajoelhar debaixo

Eu canto mais a canção
Do sabiá na pimenta
A vaca no juazeiro
Na hora que o sol esquenta
Passando a ponta da língua
Nos dois buracos da venta

Só sei cantar o terreno
Riscado por boi de carro
Cheiro de leite fervido
Numa tijela de barro
E matuto queimando a roupa
Com uma brasa de cigarro

Só sei cantar a criança
Brincando com mano e manos
Com dois meses de idade
Muito longe de dois anos
Com pingo de leite morno
Caindo em cima do panos


João Paraibano 

Poesia extraída da 3ª Noite dos campeões da viola em Brejinho-PE 

CANTIGAS E CANTOS

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