De sorriso encantador,
Simpático com todo mundo
E muito respeitador.
Por isso, em nossa cidade,
Fez um círculo de amizade
De invejar qualquer doutor.
Quando bebia aguardente.
E os versos que ele dizia
Eu tenho todos na mente.
Os seus olhos tinham brilho
Quando dizia a um filho
Que um homem sério não mente.
Meu pai não se acomodou.
Filhos, já tinha à vontade,
Mas livro não publicou,
Pois seu estudo era pouco,
Porém já cansado e rouco,
Uma árvore plantou.
Da Rua José Gaião
Meu pai cavou um buraco,
Dando enxadadas no chão
E plantou uma mudinha
Com esterco de galinha
Chegando terra com a mão.
Da plantinha ele cuidava.
Fez uma cerca de arame
Limpava o mato e regava.
Espiava todo dia
Pra ver como ela crescia
E vez por outra adubava.
Que ele plantou nessa praça,
Na frente de nossa casa,
Onde muita gente passa.
Mas alguém matou a planta...
Senti um nó na garganta
E a praça ficou sem graça.
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