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“Se romperam de vez os nossos
laços,
não há nada que emende essa união”
Nossa história de amor foi infeliz
Nosso fim de romance trouxe abalo
Eu saí como vítima mais não falo
Você é a culpada mais não diz
Eu não peço perdão se mal lhe fiz
E nem aceito o pedido de perdão
Quero antes o frio da solidão
Mas rejeito o calor dos seus
abraços
Se romperam de vez os nossos laços
Não há nada que emende essa união
As discórdias marcaram nossa vida
Nossos elos de sonho se partiram
Nossos planos de paz se diluíram
Nossa paz afinal foi concluída
Meu propósito é saí de fronte
erguida
Sem que um pingo de lágrima molhe
o chão
Sei que os traumas posou em meu
coração
Impedindo a leveza dos meus passos
Se romperam de vez os nossos laços
Não há nada que emende essa união
Eu assumo que amei você de fato
Mas não quero carinho dividido
Entre as vezes que amei fui traído
Essa teve o maior espalhafato
Por mais esse desmanche de
contrato
E por mais esse episódio de
traição
Eu agora cheguei a conclusão
De que amores fieis estão escassos
Se romperam de vez os nossos laços
Não há nada que emende essa união
Nosso saldo de vida está menor
Não moramos na mesma residência
Você tem irrestrita independência
E eu vivendo sozinho estou melhor
Nossos filhos ficaram de maior
Nossos netos não vivem de pensão
Se não há mais amor e nem tesão
Não devemos viver como palhaços
Se romperam de vez os nossos laços
Não há nada que emende essa união
Edmílson Ferreira
Poesias
extraídas do festival de violeiros de Itapetim-PE. – 2005
CANTIGAS E CANTOS
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