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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Poesia: "A flor da jurema preta", um poema de Antônio Carneiro


A FLOR DA JUREMA PRETA

Bonito é ver Ribaçã
Em ano bom de inverno
Quando a flora muda o terno
Da ribanceira e da chã.
Mas, ver também Jaçanã
Cantando e não faz careta
Formosa como Tiêta
Com toda sua elegância
E traz na pena a fragrância
Da FLOR DA JUREMA PRETA.

O meu Sertão é bonito
Em ano de invernada
E o cantar da passarada
Acaba todo esquisito.
Eu vejo o belo Lorito
Escapando da cruzeta
Do chumbo, dá espoleta
No galho do Marmeleiro
Depois vai sentir o cheiro 
Dá FLOR DA JUREMA PRETA.

De manhã, sinto o orvalho
Na rama da Jitirana
No Juazeiro a Iguana
Brincando em cima do galho.
Na roça, um espantalho
Que mais parece o capeta
E São José, estafeta
Trazendo chuva do Céu
Transforma num lindo véu
A FLOR DA JUREMA PRETA.

Até o Fura Barreira
Na Alvorada do dia
Labuta com simetria
No Barro e na buraqueira.
A sua mente é caseira
O bico de uma Marreta
Parece tocar Corneta 
Depois de todo labor
Se banha com o olor
Da FLOR DA JUREMA PRETA.

Na oficina da Terra
O Grilo trila no monte
Quando o Sol no Horizonte
Aponta por traz da Serra.
A passarada não erra
Harmonizando o Planeta
Poeta pega a caneta
Como se fosse pincel
Pintando no seu painel
A FLOR DA JUREMA PRETA.

E a Sabiá Laranjeira
Majestosa Sabiá
Na copa do Pé de Ingá
Encanta toda a Ribeira.
Se esconde na Cajazeira
Pra vê- la, só de luneta
E a Pimenta Malagueta
Ela come e afina a voz
Depois vem cantar pra nós
NO PÉ DA JUREMA PRETA.

Poeta Antônio Carneiro
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CANTIGAS E CANTOS

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