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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Poesia: "Depois que a chuva termina", um poema de Flávio Petrônio

Foto de Flávio Petrônio.

DEPOIS QUE A CHUVA TERMINA  

O mandacaru resfriado
Suando no seu tempo frio
Contraria a terra e o seu cio,
Mas é firme ao seu tratado.
Veio pra viver escaldado,
Tem no calor a sua sina;
O sol é a sua lamparina,
Mas quando chove ele apaga.
A água em seu corpo é chaga
Depois que a chuva termina.

No riacho há uma canção
De magia esclarecida,
Com a sua água na descida
Provocando borbotão.
A cachoeira em convulsão,
Sob a batuta divina,
Rege a mata e lhe ensina
Partitura redentora;
Faz das águas, difusora,
Depois que a chuva termina.

Pelos pingos, vendavais...
Atingindo a sua teia,
A aranha se aperreia
Sem querer retocar mais.
Bacurau nos carrascais,
Deita o papo na areia fina;
O cavalo baixa a crina,
Sacode a calda, animado.
Sertanejo vai ao roçado,
Depois que a chuva termina.

Os patinhos na lagoa
Nadam eriçando as penas,
Em trajetórias serenas
Por debaixo da garoa.
A garça que sobrevoa,
Em branco que ilumina,
Diz que a seca já termina
Culminada pela paz.
Todo baixio se refaz,
Depois que a chuva termina.

Poema: Flávio Petrônio
Fotografia: F. Petrônio
São José do Egito – PE, 01 de junho de 2016.
Foto de perfil de Flávio Petrônio

Fonte: Facebook do Autor/Poeta

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