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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Poesia: "A crise é nossa também!", um poema de Mariana Teles


A CRISE É NOSSA TAMBÉM!

Enquanto o ouro envaidece
Os palácios de metais
Mais de um sonho falece
No leito dos hospitais.
Uma justiça calada,
Rendida, inerte e comprada
Além do preço das leis
Repousa quase sem vida
Numa balança despida
De voz, de verdade e vez.

O Direito é produzido
Nas mãos de um sistema posto
Feito de sonho vendido
Por um parlamento imposto.
As cadeiras leiloadas
As tribunas ocupadas
Por discursos sem verdade
Em um parlamento algoz
A igualdade sem voz
Nem vez pra sociedade.

Os fazedores das leis
Representam sem razão
As empreiteiras da vez
Do voto e da eleição.
Licitações desviadas,
Todas direcionadas
Pra garantir eleições
E a máquina pública comprada,
Inerte e aparelhada
Pra compensar "doações".

Nos pleitos sem paridade
A república sofre abuso
Enquanto a sociedade
Não goza o mínimo do uso.
Em cada instituição
Marcas de corrupção,
Descaso com a coisa pública,
O país aparelhado
E o nosso sonho de Estado
Morrendo aos pés da República.

São mais de quinhentos anos
Que o povo é quem paga a conta
Surgem partidos e planos
Mas são problema a ponta,
Cada partido um esquema,
Alimentando o sistema
Escasso de homens sérios,
Dividindo as comissões,
Calando investigações,
Leiloando ministérios.

A reforma de postura
Que o Brasil tanto espera
Só começa se a cultura
Calar a máfia que impera.
Se quem devia falar,
Defender, representar
É quem cala sem motivo,
Com parlamento rachado
Não pode existir estado
Nem força no executivo.

Se nós somos o congresso
Na casa alta e na baixa
Há de existir um acesso
Aonde o povo se encaixa.
Nós somos a melhor forma
De começar a reforma
Com eficácia incomum,
Calando qualquer desculpa,
Assumindo toda culpa
Pra reformar cada cada um.


Ter consciência que o voto
Não se entrega a candidato
Que passa entregando foto
Com um número no retrato.
Votar com mais competência
E entender que a presidência
Tem erros de todos nós
E em cada um deputado
Dorme um eleitor calado
Pedindo um pouco de voz.

O Brasil não é um trono
De uma corte real
O povo é o único dono
Legitimado por tal.
Cadê nosso brado forte,
Calando a marca do corte
Que a ditadura deixou?
- A crise é nossa também
Mas pouca gente é que vem
Assumindo aonde errou.

Somos a matéria prima
De um Brasil reformado
Vamos superar o clima
De falência do estado!
Recuperar confiança,
Ascender a esperança
Da bandeira cor de anil
Caminhar de um jeito novo
E plantar na alma do povo
A voz de um novo Brasil.

Mariana Teles 

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