As canções de amor da noite calma
Embaladas nos sonhos de minh'alma
Que enxergavam do mundo a amplitude
Do futuro não via a longitude
Mas o tempo escreveu uma novela
E colocou a tristeza na janela
Pra chorar onde o riso fracassou
Quando a porta do peito se fechou
A saudade escondeu a chave dela
Personagens de antigos carnavais
Nada disso hoje em dia existe mais
Por que o tempo cruel tirou de mim
A orquestra de frevo do festim
Está hoje sem ter quem toque nela
Muitas vezes frevei ouvindo ela
Mas até o maestro se calou
Quando a porta do peito se fechou
A saudade escondeu a chave dela
Um aplauso sequer ninguém aclama
O cenário do palco não me chama
Minhas noites não são mais libertinas
Sinto falta das belas serpentinas
Que enfeitavam a minha passarela
Uma azul, uma Verde, outra amarela
No salão quando o baile terminou
Quando a porta do peito se fechou
A saudade escondeu a chave dela
Mote: Arlindo Lopes
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