Apaziguado o rigor da caminhada
Eu fui uma ave que mudou de ninho
Voei perdido pela noite escura
Por entre as névoas da minha amargura
De tão cansado repousei sozinho.
E também com ninfas que curavam males
E narcóticos doces me tirando o tédio
Com ventos brandos que do leste vinham
Que no seu soprar me que perece tinham
Doces arpejos como meu remédio.
Que se seguiam num planalto imenso
Retocadas por belas grinaldas
Lagos pratas a repousar tranquilos
Flores brancas, pétalas e pistilos
Desabrochavam num céu esmeraldas.
Torreões de chuvas a se formar distantes
Caminhos aedos e seus peregrinos
Vi aves canoras em gorjeios medonhos
E vi que Deus através dos sonhos
Apascenta as dores dos mais pequeninos.
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