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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Poesia: "Todo dia o sol mata a madrugada, Toda tarde, vai preso, novamente.", um poema de Greg Marinho

Foto de Rennan Peixe.
Foto: Rennan Peixe 

"Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde, vai preso, novamente."


Madrugada; vestido negro às horas.
Alvorada; é de cores seu vestido.
O crepúsculo, um instante dividido;
Movimento contrária à sua aurora.
Um que vem quando o outro vai embora,
Sendo, assim, um do outro, sempre ausente.
Um enquanto é passado, outro, presente.
Numa troca, por Deus, perpetuada.
“Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde, vai preso, novamente.”

Como é belo no campo o fim do dia!
Como o céu se desenha no infinito!
Um bailado de cores tão bonito
Pelas mão da divina sintonia.
A mistura real com a magia,
Num momento em que o sol não mais é quente;
Que se entrega nos braços do poente
E se esconde pra lua ser mostrada.
“Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde, vai preso, novamente.”

E liberta-se, o sol, num novo instante
Em que as vestes da noite são rasgadas.
Os seu raios se espalham nas calçadas,
Quando a luz já conquista seu levante.
Tem a estrela, que é o astro mais brilhante,
Que é o guia que traz o meu nascente.
Numa nova manhã vou, certamente,
Ver a noite, de novo, assassinada.
“Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde, vai preso, novamente.”

Ouço o som do cantar do urutau
Quando o dia se enfada de outro embate,
Numa luta que sempre acaba empate.
Já se espanta na estrada o bacurau.
Mãe-da-lua espreitando um pica-pau,
Arquiteto do seu próprio ambiente.
Que cochila e mantém o corpo quente
Bem no tronco, onde faz sua morada.
“Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde, vai preso, novamente.” 

Outra vez surge o rei, revigorado,
E as espadas de luz joga no escuro.
Quem, da noite, é passado e é futuro
Se refaz pra cumprir o seu reinado.
Nessa hora o tetéu já está cansado.
E quem canta é o canário em tom plangente.
Pois agora é a noite que é dormente
Para a mata poder ser despertada.
“Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde, vai preso, novamente.”

É sublime o arvoredo na chapada
Completando a paisagem do nascer.
E por sempre ter que amanhecer
“Todo dia o sol mata a madrugada.”
O reinado começa na alvorada
Vai, aos poucos, ficando, assim, mais quente.
Mas depois, abrandando, lentamente,
Vai perdendo, aos pouquinhos, o seu brio.
E pra lua espelhar, então, no rio.
“Toda tarde vai preso, novamente.”

Como o riso precisa da alegria
E o vento precisa do açoite,
Sei que o dia precisa, sim, da noite
E a noite precisa, enfim, do dia.
Um bailado que busca sintonia
Numa dança entre o agora e o mais à frente.
Se não fosse a imagem, então a lente,
Sei que não serviria para nada.
“Todo dia o sol mata a madrugada,
Toda tarde vai preso, novamente.”

Greg Marinho
Mote: Manoel Filó

CANTIGAS E CANTOS

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