Que, em vultos esconde-se no imenso
Sou o ser que da flor rouba o incenso
Matando-a de forma desgraçada.
Da amargura e da dor, a quem pertenço,
Sou a fumaça, de um nevoeiro denso
Onde vive a carne amortalhada.
A vida e eu não passam de sorores
Aos quais o rude tempo despetala.
Sem ter piedade eu devasto seres
Que neste mundo seu perfume exala.
CANTIGAS E CANTOS
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