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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 21 de maio de 2017

Poesia: “Do alpendre da casa dos meus pais se observa a beleza do sertão”, um poema de José de Sousa Dantas


Foto: Imagem/Google

“Do alpendre da casa dos meus pais
se observa a beleza do sertão”

Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão
Toda casa que tem uma fazenda
Seu alpendre é feito com firmeza,
Sob as leis da divina natureza,
Pra que nada no mundo lhe ofenda;
Tem engenho, um curral, uma moenda,
Conferindo o costume e tradição,
Vai causando desejo e impressão,
De quem vem visitar esses locais.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

Se vê tudo o que passa pela frente,
No mais amplo e bonito panorama,
Vê o verde da mata com a rama,
Alegrando demais o ambiente;
Facilita fazer grande repente,
Na mais doce e real inspiração,
Expressando com força e emoção,
Tudo o quanto a natura forma e faz.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

Ele tem a visão para o nascente,
Para o lado do sul e para o norte,
Bate o vento sutil trazendo a sorte,
Outras dádivas de Deus chegam pra gente;
Uma estrada que passa bem na frente,
Realenga de gente e condução,
De cavalo, de pé, de caminhão,
Bicicleta, charrete e outros mais.
Do alpendre da casa dos meus
Pais se observa a beleza do sertão.

Do alpendre se vê o sol nascer
E a barra do forte nevoeiro,
Miunceira passando no terreiro,
O orvalho brilhar no alvorecer;
Uma planta que passa a florescer,
O velame, o mofumbo e o pinhão,
Pé de milho soltando o seu pendão,
Com seus cachos e lindos visuais.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

Vê o verde do pé de juazeiro,
Canafístula,  algaroba  e angelim,
Oiticica, pau d’arco e jaumirim,
Aroeira, o angico e marmeleiro,
Cajazeira, avelós e o pereiro,
Tamarindo, o jucá, rompe-gibão,
Cumaru, muçambê e algodão,
Cajarana, o embu e bananais.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

Eu sentado na velha preguiçosa,
Procurando olhar e balançar,
Vejo o campo, o curral e o pomar,
E a ave cantando furiosa,
Vejo a réstia passando luminosa,
E a galinha ciscando no oitão,
A ninhada de pinto e um pavão
E no pátio pastando os animais.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

Tem a margem formada pelo rio,
Com destaque da faixa do roçado,
Tem a área de pasto para o gado,
Outra parte somente pra plantio,
E ao lado um roçado no baixio,
Com lavoura de milho e de feijão,
Na lombada se planta o algodão,
E nas baixas se formam os arrozais.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

O alpendre é bom para dançar,
Pra dormir, meditar e escrever,
Ver a nuvem passar, o entardecer,
Balançar numa rede e conversar,
Fazer verso, cantar e declamar,
Outra hora assistir televisão,
Realizar uma bela descrição,
Contemplando as riquezas naturais.
Do alpendre da casa dos meus pais
Se observa a beleza do sertão.

José de Sousa Dantas


Jornal Besta Fubana

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