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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 14 de maio de 2017

Poesia: "Minha mãe", um poema de Antônio Nunes

Foto de Antonio Nunes Batista Nunesabn.

Dedico esse poema a todas as mães.

MINHA MÃE

Me ensinou logo cedo no seu braço
Procurar solução de qualquer jeito
 
Para a fome era o leite do seu peito
 
Misturado ao calor de seu abraço
De seu corpo buscava no mormaço
Evitar dos mosquitos a mazela
 
Transformando o seu corpo numa tela
Protegendo a criança adormecida
 
Minha mãe me ensinou tudo na vida
E esqueceu de ensinar viver sem ela.

Ensinou-me a andar pegando a mão 
Ajudando a andar de pé descalço
 
E se o chão por acaso fosse em falso
Parecia escorar com o coração
Evitando o tropeço e o frio chão
De uma esteira fazia a passarela
Se postava e fazia a sentinela
 
E só soltava na hora da saída
 
Minha mãe me ensinou tudo na vida
E esqueceu de ensinar viver sem ela

Na medida que o tempo foi passando 
Me ensinava e eu tudo ia aprendendo
Escutando o que estava me dizendo
E as lições que ficava me ensinando
Se eu chorava ela vinha consolando
Me botava sentado na janela
 
E eu ouvindo os conselhos vindos dela
Minha alma ficava envaidecida
 
Minha mãe me ensinou tudo na vida
 
E esqueceu de ensinar viver sem ela

Muito cedo parti é bem verdade
Muitos anos depois eu retornei
 
Pra secar cada lágrima que chorei
E findar o seu pranto de saudade
 
Na chegada ganhei a liberdade
 
Quando mãe outra vez abriu a cela
Pranteado beijei a face dela
Pra mais nunca deixa-la entristecida
Minha mãe me ensinou tudo na vida
 
E esqueceu de ensinar viver sem ela

Quando ela se foi ganhei um véu
Pra cobrir meu semblante de triteza
Nunca mais fui beijado com pureza
 
E a cela outra vez ganhou um réu
Toda noite eu reparo para o céu
 
Passo as noites fazendo sentinela
 
Pra ir lá e beijar o rosto dela
E chorar outra vez na despedida
 
Minha mãe me ensinou tudo na vida
 
E esqueceu de ensinar viver sem ela

Autor: Antônio Nunes 
Mote: Lenelson Piancó 

CANTIGAS E CANTOS

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