Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Poesia: "Males da seca", um poema de Antônio Nunes

 Resultado de imagem para males da seca
 Foto: Imagem/Google

Males da seca

No riacho a areia esturricada
Traz lembranças da chuva que caia
E do barulho da água que corria 
Impedindo a passagem da estrada
Onde outrora passava prateada 
E se ouvia a zoada da cascata
Não se acha uma gota cor de prata 
Pra fazer o café de manhã cedo
Quem for lá no sertão volta com medo 
Das caveiras dos bois que a seca mata

Não se encontra mais flores na jurema
O orvalho afastou-se da manhã
 
Na represa não canta a jaçanã
 
E nunca mais cachimbou a Borborema
 
Não se escuta o cantar da seriema
Na vazante não nasce mais batata
 
Se procura e não acha uma barata
 
E no roçado não tem um pé de bredo
Quem for lá no sertão volta com medo
Das caveiras dos bois que a seca mata

No curral nunca mais berrou o gado
Na Lagoa não canta mais a gia
Nem o orvalho começa mais o dia
 
Gotejando a lavoura do roçado
Não se escuta a pingueira no telhado
Nem zoada da bica enchendo a lata
Sabiá nunca mais cantou na Mata
E nem têm água no tanque do lajedo
Quem for lá no sertão volta com medo
 
Das caveiras dos bois que a seca mata

Não se encontra mocós pelo serrote
Nunca mais vi preá passar na trilha
E no espelho da água o sol não brilha
Sertaneja não bota água no pote
Nuvens passam no céu dando calote
Aumentando demais a seca ingrata
E a cigarra fazendo a serenata
No lugar que cantava o passaredo
Quem for lá no sertão volta com medo
Das caveiras dos bois que a seca mata

Autor: Antônio Nunes 
Mote: Geraldo Amâncio
Foto de perfil de Antonio Nunes Batista Nunesabn

CANTIGAS E CANTOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário