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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 9 de abril de 2017

Poesia: "A estrada matou quem escreveu O mais belo poema da estrada", um poema de Manoel Filó e Zé de Cazuza

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A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada

Eu não creio na força do destino
Só aceito os poderes do acaso
Porque Deus não vai um mês de prazo
Para ver o sequestro de um menino
Nem também segurar Zé Marcolino
Controlando o processo da jornada
Para que não faltasse uma passada
Nem sobrasse por onde a rês correu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada*

Cariri agoniza, aceita e chora
Pajeú se comporta pesaroso
Sem ouvir um som melodioso
De quem cedo da vida foi embora
A notícia que é ruim vem toda hora
A notícia que presta é demorada
A família por mais angustiada
Que esteja padece como eu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada*

Meu compadre, colega e quase irmão
O saudoso poeta Marcolino
Comandado da sorte do destino
Foi mudado pra outra região
Uma vaca, inocente sem razão
Atropela-lhe o carro em disparada
Deixa a pista de sangue nodoada
Como marca do que aconteceu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada**

A estrada não teve complacência
De culpar um poeta cantador
Que cantou sua glória, seu valor
Lhe tratando com tanta deferência
Não lembrou-se que aquela inteligência
Precisava rever sua morada
Foi ingrata, perversa, desalmada
Machucou seu carro e ele morreu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada**

Sei que a vida do vate terminou-se
Por motivo dum carro que virava
Por frações de segundos ele escapava
Por frações de segundos ele acabou-se
O poder do acaso atravessou-se
Lhe trazendo a morte, essa embaixada
Seja a alma do corpo separada
Um subiu pro céu, outro desceu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada**

Autores: Manoel Filó* e Zé de Cazuza**


CANTIGAS E CANTOS

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