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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Poesia: "Minha história também está escrita nas origens do povo do sertão", um poema do poeta Antônio Carneiro

Fotografia de Thadeu Filmagens


"MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO"


Meu relógio era um galo no poleiro
Com enxada afiada eu lavrei terra
No meu carro de boi subi a serra
Pra descer era muito mais ligeiro.
Meu feijão eu batia no terreiro
O meu milho eu batia no oitão
O meu rádio de pilha é campeão
Meu café inda faço na "marmita"

MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO

Eu preservo até hoje o "candieiro"
Lamparina, alforge, um chaminé
Uma cuia robusta de coité
Uma lata, cachimbo,um isqueiro.
Tenho pau de galão e tabaqueiro
Tenho par de esporas, um gibão
Na parede penduro um matulão
A garapa de engenho era sukita

MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO

Essa vida moderna não me atrai
Sou do tempo da carta, do envelope
Boca em boca fuxico dava ibope
Não conheço pacote da sky.
Promotor de justiça era meu pai
Defensor do direito e da razão
Se quisesse ouvir uma canção
Uma pilha no som movia a fita

MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO

Buscar lenha no mato de carroça
Um moleque no lombo do jumento
Uma velha fazendo juramento
Um campônio seguindo para a roça.
O roceiro grudado e de mão grossa
Até pelo ele tem no coração
Esse calo que trás na sua mão
É o marco da luta e sua dita

MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO ".

O menssager é bonito e atual
Mas pra mim isso tudo não é nada
Ao invés de conversa alienada
Dou valor ao estilo original.
Facebook, whatsapp, coisa e tal
Que desculpem a minha opinião
E mulher pra ganhar meu coração
Pode ser mais matuta que bonita

MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO


Dos programas que temos na tv
Não importa se é tv aberta
Eu não gosto de ver 
CIDADE ALERTA
Nem 
HORÁRIO POLÍTICO ou BBB.
ELIANA e também o CQC
Nem me ligo na tal da 
MALHAÇÃO
Não ocupo meu tempo com 
FAUSTÃO
Mas sou fã de 
BOLDRIN e ENEZITA
MINHA HISTÓRIA TAMBÉM ESTÁ ESCRITA
NAS ORIGENS DO POVO DO SERTÃO


POETA ANTONIO CARNEIRO


CANTIGAS E CANTOS

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