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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Poesia: "As primeiras trovoadas", um poema de Andrade Lima

Foto de Damião De Andrade Lima.

As primeiras trovoadas

Uma nuvem de forma no nascente
E outras nascem no sul, leste e oeste.
Em segundos se vê nosso Nordeste
Alegrar-se nos risos d'uma enchente.
O roceiro dizer todo contente:
- Quero ver muitas terras alagadas.
E as sementes que estavam bem guardadas,
Semeadas nas covas pelo chão. 
Muitos flashes são dados no Sertão,
Retratando as primeiras trovoadas!

Quando a chuva começa despencar,
Rasga o chão, toca a telha e sai correndo;
Fica o bode na cerca se tremendo
E o jumento feliz a relinchar.
Lindas flores perfumam o pomar
E as abelhas se sentem contempladas.
Cururus em terreiros e calçadas,
Dão adeus aos castigos do verão.
Muitos flashes são dados no Sertão,
Retratando as primeiras trovoadas!

O barreiro rachado da estiagem
Novamente recebe a água nele.
Um riacho deságua dentro dele
E faz gosto tirar fotos da imagem.
Com dez dias depois já tem pastagem
Pra o rebanho pastar pelas estradas.
Também vê-se amolhar suas enxadas,
O roceiro e dizer ao seu patrão:
Muitos flashes são dados no Sertão,
Retratando as primeiras trovoadas!

O bezerro na lama fria berra
Como quem proteção pede pra vaca.
A cabeça na ponta d'uma estaca
É cruel, mas a seca já se encerra.
O trovão dá estalos numa serra
E o riacho transborda e faz zoadas.
No terreiro se vê as meninadas,
Pinotar e correr pro ribeirão.
Muitos flashes são dados no Sertão,
Retratando as primeiras trovoadas!

O vaqueiro a toada sai cantando
E o carreiro a boiada vai tangendo.
Quem partiu pra distante ouço dizendo:
Logo, logo pra casa estou voltando.
Outro diz: meia noite estou chegando
Pra manhã enfrentar as empreitadas.
E as famílias no chão - ajoelhadas -
Agradecem a Deus em oração!
Muitos flashes são dados no Sertão,
Retratando as primeiras trovoadas!
.
Mote e glosa: Andrade Lima 
Em Teresina PI, 12/02/2017.










CANTIGAS E CANTOS

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