Não sei que mórbida atração me arrasta
Aos supremos abismos da loucura.
O pecado do sonho me tortura,
E que vale o pudor, se o não afasta?
Sofrer de amor… Que pode uma alma casta
Contra esse tentador? “Contém-te, basta!”
– Grita-me às vezes a razão – “procura
Fujo-lhe a voz. Depois, o desencanto,
A amargura de ver quanto pequei…
No remorso de ter sonhado tanto
E de não ter vivido o que sonhei.
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