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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Poesia: "A Árvore Genealógica da Arte da Cantoria", um poema de Daudeth Bandeira


A Árvore Genealógica da Arte da Cantoria

A poesia descende
De gregos, turcos e árabes,
Hebreus, egípcios, romanos,
Berberes, celtas e moçárabes,
Germanos e visigodos;
Se tem gene deles todos,
Não é só uma etnia!
Eis aí a grande lógica.
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria!

A audição de um poema
Remete-nos ao período,
Da “odisséia” de Homero,
E “cosmogonia” de Hesíodo;
Hexâmetros feéricos
Dos belos hinos homéricos;
E a grande “teogonia”,
Exaltação mitológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

“O épico de Gilgamesh”,
“Os diálogos de Platão”
O livro “cântico dos cânticos”
Escrito por Salomão!
A “Eneida” de Virgílio,
E o mais erudito idílio
Nos saraus de Alexandria,
São a tábua pedagógica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

Os acrósticos egípcios,
A canção dos beduínos,
Os versos oraculares
Dos compêndios sibilinos,
Os poemas dos astecas
Incas, maias e toltecas,
Entranhados de magia.
Uma fusão astrológica,
Na árvore genealógica
Da arte da cantoria.

O trovadorismo surge
No sul da França e Espanha,
Vai de Portugal à Itália,
Da Holanda à Alemanha.
Do chão da península ibérica
Partiu para cada América,
Um exemplar uma cria
De raiz etiológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

Na América do Sul,
No nordeste do Brasil,
Germinou, brotou, cresceu
Num glorioso perfil.
Repentistas cantadores,
Vates improvisadores,
Herdaram da poesia
Sua parte biológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

Daudeth Bandeira


Fonte: Poeta Pajeuzeiro

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