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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Poesia: "Tristeza", um poema de JOÃO BATISTA SIQUEIRA (Cancão)



TRISTEZAS

Eu sou como a violeta
Criada a orla do prado
Onde não há borboletas
Nem outra flor a seu lado
Só pela data calmosa
A aragem maviosa
Vem oscular-lhe mansinho
E assim, nessa tristeza
Nem a própria natureza
Nunca lhe fez um carinho

Desde a minha tenra idade
Meu viver é um gemido
Tenho a taciturnidade
Do lago mais escondido
Meu coração gemebundo
Não tem descanso um segundo
No mais cruento sofrer
Vivo sem saber se vivo
Porque n ao sei o motivo
De a sorte não me querer

Eu tenho a melancolia
Das sombras do arrebol
A mesma monotonia
Das auras pôr-do-sol
A minha alma, uma flor
Exposta a todo rigor,
Oculta no peito meu
Um coração, uma planta
Onde a natureza santa
Em nada lhe protegeu

Sou como a sombra talhada
Da serra do boqueirão
Dormindo sempre calada
Pelos declives do chão
Em mim só chega amargura,
Tormento, dor, desventura
Nunca o prazer conheci
Dessa vida acidentada
Eu não sei revelar nada
Porque não sei se vivi

Eu sou a rosa do monte
Criada longe das hortas
Sinto o queixume da fonte
Que chora nas noites mortas
Se tive alguma doçura
Foi tirada da mistura
Do lado da cana puba
Tenho a tristeza do vento
Enquanto soluça lento
No leque da carnaúba.

João Batista de Siqueira (Cancão)

Poesia tirada do livro; “Palavras ao plenilúnio”  de Lindoaldo Jr.

CANTIGAS E CANTOS

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