Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Poesia: "Sina", um poema de Dayane Rocha


Sina

Meus olhos tristes "choronhos"
Por conta desse mistério 
E eu levando ao cemitério
Um corpo cheio de sonhos. 
Os pensamentos risonhos 
Ficaram na mocidade 
Chorava até sem vontade
Por machucar o joelho.
Hoje o meu olho é vermelho
Por só chorar de saudade. 

Cresci sofrendo seu moço, 
Sem entender o motivo 
E o meu peito que era vivo
Morreu no fundo do poço.
Com a corda no pescoço
Os pés longe desse chão 
Sem sentir o coração
Levando sangue pra veia
Eu ganhei somente areia
Por cima do meu caixão. 

Fiz um "museu de lembrança"
Tudo o que tinha arquivei
Os abraços que eu ganhei
Quem me deu falsa esperança.
Palavras de confiança
Eram feias, orgulhosas 
Eu oferecia rosas
E recebia os espinhos
Plantei flores de carinhos
Nas bocas mais mentirosas.

Vi tantas juras quebradas 
Por quem me jurava inteiro 
O amor mais verdadeiro
E as mais belas madrugadas. 
E depois de saciadas
As mãos dos que saciaram
Os corpos se enfandaram 
E depois de meia hora.
Vi meu sorriso indo embora
Nos lábios que me deixaram. 

Nas noites claras, escuras
Vendo o clarão noutro rosto
Provei e senti o gosto
Das maiores amarguras. 
Tantas vezes fiz loucuras 
Que hoje eu não faço mais 
E quantas vezes meus pais
Disseram pra ter cuidado. 
Nem todo peito calado 
Consente sonhos reais. 

Ainda hoje eu padeço
Com essa minha agonia 
Quem muito valeu um dia 
Hoje em dia não tem preço.
Eu não sei se eu mereço
Sentir tantas frustações
Receber decepções
Da ferida beber água.
Na vida não tenho mágoa
Tenho apenas ilusões. 

Carrego um peito ferido
Pra não dizer que ele é burro
Quanto mais eu levo murro 
Ele se faz de esquecido. 
O semblante aborrecido 
E a minha vida incompleta 
E minha mente profeta 
Por saber que é infeliz.
Quem bem soubesse 
Não queria ser poeta. 

Eu nada sei do futuro
O meu passado não passa
O meu presente é sem graça
Meu porto não é seguro. 
Eu vejo que o escuro
Esconde minha menina 
E uma mortalha fina 
Faz medo a essa matuta
Posso até ser prostituta
Por não saber minha sina.

Dayane Rocha

Nenhum comentário:

Postar um comentário