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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Poesia: "Os urubus fazem festa, na carniça do meu cão', um poema de João Batista de Siqueira "Cancão"

Resultado de imagem para POETA CANCÃO

"OS URUBUS FAZEM FESTA
NA CARNIÇA DO MEU CÃO”

Lembro ainda todo dia
O meu querido animal
Era o cão do meu quintal
Que tanto bem me queria
Toda hora que me via
Me mostrava gratidão
Hoje seus restos estão
Rolando pela floresta
Os urubus fazem festa
Na carniça do meu cão

Ele perto de morrer
Seu olhar me dirigia
Quem sabe talvez pedia
Remédio a seu padecer
Mas sem ninguém entender
Morreu sem ter remissão
Lá no triste grotilhão
Até a brisa o molesta
Os urubus fazem festa
Na carniça do meu cão

Depois que meu cão morreu
O meu lar ficou tristonho
Lhe vejo sempre em sonho
Aumenta o desgosto meu
Só resta um pedaço seu
Exposto na solidão
Abandonado no chão
Da gruta triste e funesta
Os urubus fazem festa
Na carniça do meu cão

Só resta de meu cãozinho
Pedaços lá pelo mato
Rolando pelo regato
Cheios de terra e espinho
Os trapos do meu bichinho
Quem os vê tem compaixão
E quando o sol do verão
De manhã se manifesta
Os urubus fazem festa
Na carniça do meu cão

Do lado do oriente
Bandos de aves famintas
Pretas, pretinhas, retintas
Baixas pressurosamente
Uma parece que sente
Os olhos dele onde estão
Cada qual tira um quinhão
Dum fragmento que resta
Os urubus fazem festa
Na carniça do meu cão

João Batista de Siqueira “Cancão”
  
Poema extraído do livro: “Palavras ao plenilúnio”,  de Lindoaldo Jr.

Um comentário:

  1. Passando para fazer uma pesquisa e descobri o blog com poemas e textos tão interessantes.

    Abraço do Pedra do Sertão

    www..pedradosertao.blogspot.com

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