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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Poesia: "No lugar do engenho hoje só resta os escombros de dor e de saudade", um poema de Josa Rabelo



No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade.

Quando vou no meu sítio passear
Eu recordo os meus tempos de infância
No meu peito a bater com inconstância
A saudade d’àquele meu lugar
Eu recordo os meus bois sempre a rodar
Vinha gente do campo e da cidade
Tinha gente de tudo que era idade
A moagem pra gente era uma festa
No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade.

O aroma gostoso da fervura
Da garapa, a ponto de aprontar
A rapadura, a melhor do meu lugar
Começava quando a noite “inda” era escura
De manhã se comia rapadura,
Alfinim, muito queijo e, à vontade
As mulheres do campo com vaidade
Paquerando uns garotos pel’uma fresta
No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade.

Boi Craúna e Estrela era os meus
Preferidos pra lida do sertão
Nunca ouve um trabalho que eles não
Enfrentassem com a força de um deus
Sempre foram lembrados pelos seus
Bons trabalhos e pela lealdade
Desses dois resta a marca da verdade
Que o engenho até hoje lhes empresta
No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade.

Josa Rabelo


Jornal Besta Fubana

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