Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Poesia: "Não consigo jamais me acostumar Com a vida distante do sertão", um poema de Carlos Aires















"Não consigo jamais me acostumar
Com a vida distante do sertão"

Sou de origem matuta, mas um dia,
Precisei me mudar pra zona urbana,
Pois a seca cruel forte e tirana,
Expulsou-me da minha freguesia,
Não pensava em deixar e nem queria,
Ir embora pra outra região,
Mas o caso ficou sem solução,
E eu fui obrigado a me mudar,
Não consigo jamais me acostumar
Com a vida distante do sertão.

No sertão eu estava acostumado
Acordar com o galo de campina,
Hoje é com o barulho da buzina,
Que me acordo tristonho e desolado,
O ar puro do campo foi trocado,
Por um ar que só tem poluição,
E por mais que eu tente sei que não,
Na tal urbe irei me adaptar,
Não consigo jamais me acostumar
Com a vida distante do sertão.

Na casinha de taipa em que eu morava
Mesmo pobre e singela, era meu porto,
Hoje a casa que moro tem conforto,
Mas conforto pra mim não precisava,
Era do meu ranchinho que eu gostava,
E sentia prazer no coração,
Onde habito é quase uma mansão,
Mas não sinto prazer nesse lugar,
Não consigo jamais me acostumar
Com a vida distante do sertão.

O local onde sou bem empregado
Tem de sobra o luxo e a vaidade;
Mas, sentia bem mais felicidade,
Na cocheira lutando com o gado,
Preferia cuidar do meu roçado,
Cultivando arroz, milho e feijão,
Do que está exercendo essa função,
Que pratico, mas faço sem gostar, 
Não consigo jamais me acostumar
Com a vida distante do sertão.

Carlos Aires
Proseando na sombra do juazeiro

Jornal Besta Fubana

Nenhum comentário:

Postar um comentário