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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Poesia: "Quando há seca no sertão, só não morre a poesia", um poema de Pe. Brás Costa



Mote: “Quando há seca no sertão
            Só não morre a poesia”
Mote de Felisardo Moura

Morre logo a Gitirana
O feijão-de-corda seca
Morre o milho na boneca
Devido a seca tirana
Murcha a flor da umburana
Quando o carão silencia
Se calam caçote e jia
No fundo do cacimbão.
Quando há seca no sertão
Só não morre a poesia.

Só se ver o chão rachado
Onde existia água e lodo
Sertanejo perde todo
Algodão que foi plantado
O caboclo é obrigado
Fazer o que não queria
Vender por baixa quantia
Dois terços da criação.
Quando há seca no sertão
Só não morre a poesia.

O camponês acanhado
Vai para o "Bolsa Família"
Chove discurso em Brasilia,
Projeto pra todo lado
Fica tudo engavetado
Sem chegar onde devia
Metade em burocracia
Metade em corrupção. 
Quando há seca no sertão
Só não morre a poesia.

E quando a seca se estica
Pintando de cinza as roças
Fazendo secar as grossas
Folhas da velha oiticica
Um gato dorme na bica
Por onde a água corria
Depois que a chuva batia
Nas telhas do casarão.
Quando há seca no sertão
Só não morre a poesia.

Só não morre a esperança
Nem a fé do sertanejo
Vai vivendo de desejo
Enquanto chega a bonança
O poeta não se cansa
Pega na viola e cria Até seca e carestia
Lhe servem de inspiração.
Quando há seca no sertão
Só não morre a poesia.

Pe. Brás Costa

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