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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Poesia: “No sertão falta água para o gado, porém sobra nos olhos do vaqueiro”, um poema de Ivanildo Vilanova


“No sertão falta água para o gado,
Porém sobra nos olhos do vaqueiro”

No sertão quando o solo está enxuto
Sofrem dois elementos de uma vez
Falta líquido pra língua de uma rês
Chovem gotas dos olhos de um matuto
Sere humano padece sofre o  bruto
O segundo bem mais que o primeiro
Se dos olhos caíssem um aguaceiro
O problema estaria saneado
No sertão falta água para o gado
Porém sobra nos olhos do vaqueiro

Dá um nó emotivo na garganta
Quando a época da chuva vai embora
Sobra lágrima nos olhos de quem chora
Falta água na cova de quem planta
Se dos olhos cair não adianta
Que não enche cacimba e nem barreiro
Cresce mais a angústia e o desespero
Vendo bicho sofrer sem ser culpado
No sertão falta água para o gado
Porém sobra nos olhos do vaqueiro

Se repete este drama no sertão
Fortaleza abismal dos aperreios
Os olhares humanos estão cheios
Mas os rios e poços não estão
Uma gota do céu não cai no chão
Ressecando ainda mais o tabuleiro
Muge o boi mais a água nem o cheiro
Chora o homem com pena do coitado
No sertão falta água para o gado
Porém sobra nos olhos do vaqueiro

Um vaqueiro soluça de manhã
Sem ter água no poço e  na cascata
Anda até seis quilômetros com a lata
Perde a força na aventura vã
Ver tombando de sede uma marrã
Uma vaca, uma cabra ou um carneiro
E um garrote pertinho de um facheiro
A espera do liquido esverdeado
No sertão falta água para o gado
Porém sobra nos olhos do vaqueiro

Ivanildo Vilanova

CANTIGAS E CANTOS

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