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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Poesia: "Mata rude", um poema de João Batista de Siqueira "Cancão"



MATA RUDE

Contemplando a natureza
Sinto a alma deslumbrada
Olhando a grande beleza
De monte, vale e chapada
Lá, além, na esplanada
Os gigantescos coqueiros
Lembram antigos guerreiros
Os velhos Hércules túmidos
De pé, nos barrancos úmidos
Desafiando os janeiros

Estas soberbas braúnas
Que há muitos anos secaram
Foram possantes colunas
Que com o tempo tombaram
Estes cedros que ficaram
Com vigor robusteceram
Fortes tormentas venceram
Como guerreiros ousados
Com feros tigres rajados
Antigamente viveram

Estas planícies de areia,
Aqueles carros azuis...
Quem sabe foram aldeia
De tribo de homens nus
Estes verdosos bambus
Criado neste baixio,
Aquele prado sombrio,
Estas tristonhas ladeiras
Fazem lembrar as trincheiras
Do primitivo gentio

Talvez, opulenta flora
Relembres também e sintas
Gratas saudades de outrora
De mil visões quase extintas
Ah! quantas feras famintas
O teu solo atravessaram
Alguns caciques ganharam
Casos de grandes memórias
Que até mesmo as histórias
Os tempos também levaram

Se estes vegetais possantes
Não tem mais os seus verdores
Foram beijos sufocantes
De mil sóis abrasadores
Talvez a deusa das flores
Nesse cruento martírio
Pedisse a Deus, no empírio
Uma morte santa e calma
Para passar sua alma
Ao cálix branco de um lírio.

João Batista de Siqueira (Cancão)

*Poema retirado do livro: Palavras ao plenilúnio de Lindoaldo Jr.

CANTIGAS E CANTOS

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