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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

IMAGENS: Livro de fotografias refaz os passos de Lampião em cinco estados do Nordeste

Obra faz pesquisa imagética do sertão a partir da trajetória do líder cangaceiro desde o nascimento, em Serra Talhada, até a morte, em Alagoas

Vestes de vaqueiro são retratadas como símbolo do sertão nordestino. Foto: Márcio Vasconcelos/divulgação

Sete décadas após a morte de Virgulino Ferreira da Silva, o fotógrafo maranhense Márcio Vasconcelos refez os passos do líder do cangaço, percorrendo mais de 4 mil quilômetros, em cinco estados do Nordeste. A jornada começou na casa onde o personagem  histórico nasceu, em Serra Talhada, Pernambuco, e se encerrou dois meses depois na Grota de Angicos, em Alagoas, local da morte do Robin Hood do sertão. O ensaio fotográfico resultante da expedição é agora publicado no livro Na trilha do cangaço - O sertão que Lampião passou (Vento Leste, 104 páginas, R$ 99,90), junto com texto de apresentação do historiador Frederico Pernambucano de Mello, uma das autoridades do assunto. A curadoria é da fotógrafa Inglesa Maureen Bisiliat. O lançamento será nesta quinta-feira (2), às 19h, na Livraria Cultura do Shopping RioMar (Avenida República do Líbano, 251, Pina). 

“Tinha essa ideia há muito tempo. Como nordestino, tinha a tendência de querer mostrar a caatinga, as paisagens sertanejas. Alimentei o projeto com a história do cangaço, sobretudo com a trajetória de Lampião. Ao fazer essa trilha imaginária, tentei locais e personagens simbólicos. Entrevistei ex-integrantes das volantes que perseguiam os cangaceiros”, comenta Márcio Vasconcelos. Uma das inspirações para o trabalho foram as fotografias e vídeos gravados pelo libanês Benjamin Abrahão, um dos poucos a capturar a imagem do Rei do Cangaço. O livro venceu o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia e foi finalista no Prêmio Fundação Conrado Wessel de Fotografia.

As lentes de Vasconcelos fazem registros os mais diversos, como casinhas construídas com taipas, ruínas, locais de conflitos entre cangaceiros e volantes, animais mortos em consequência da seca, homens em vestes de vaqueiro, fotógrafos lambe-lambe, romeiros. Entre os personagens fotografados, estão o cangaceiro Manuel Dantas Loiola (Candeeeiro), Dona Minó, filha de Zé Saturnino, inimigo número um de Lampião, e Elias Matos Alencar, ex-volante.

Manifestações de fé sertaneja são alvo das lentes do autor. Foto: Márcio Vasconcelos/divulgação

 Para a curadora Maureen Bisiliat, a obra é uma feliz conjuntura entre as imagens do fotógrafo - “silenciosas, sensíveis, estrofes de um poema” - e a saga de Lampião. “O livro cavalga célere, levado pelas esporas do cangaço e pelo vento forte do sertão”, elogia. Conhecido pela fotografia documental de manifestações populares, religiosas e folclóricas, Márcio Vasconcelos aposta em projetos com influência da antropologia. Antes da investigação sobre o cangaço, ele havia lançado Nagon Abioton – Um registro fotográfico e histórico sobre a Casa de Nagô. 

SERVIÇO
Lançamento de Na trilha do cangaço - O sertão que Lampião passou (Vento Leste, 104 páginas, R$ 99,90)
Quando: quinta-feira (2), às 19h
Onde: Livraria Cultura do Shopping RioMar (Avenida República do Líbano, 251, Pina). 
Informações: 3256-7500

+Arte cangaceira
“O cangaceiro, a exemplo do índio, fazia do corpo seu suporte de arte. Uma arte vestida, portada à tiracolo, pendurada, calçada, entrançada, por vezes. Arte de projeção do homem, não custa repetir. Pelo orgulho, pela sobranceria, pela vaidade, pelo desassombro da imagem ostensiva, pela força de formação de uma subcultura à de derivações nada desprezíveis na música, na poesia, na dança, na culinária, no artesanato, na medicina, nos costumes, na moral, na religiosidade, na arte militar intuitiva e mesmo na arte de expressão plástica, a partir da herança pastoril, o cangaço sumaria, aos olhos do brasileiro de hoje, a franja de todas as insurgências, sua saga confundindo-se com a própria ideia de resistência contra poderosos”.
Frederico Pernambucano de Mello, na apresentação do livro.

Por: Fellipe Torres - Diario de Pernambuco

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