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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Poesia: "Menestrel do Sertão", um poema de Gilmar Leite


Menestrel do Sertão

À Elomar Figueira Mello.

Cantador, menestrel, voz do sertão!
Os teus cantos têm bodes e ovelhas;
As estórias do povo são centelhas
Nos acordes que vêm do coração.
Os teus versos demonstram a louvação
À grandeza do Deus onipotente;
Cada canto revela a humilde gente
Que labuta na terra ressequida,
Na procura de ter o pão da vida
Revelado na força da semente.

As cantigas são quadros da memória
Que escutou desde o tempo de criança
Mesmo triste, revelam uma esperança,
Do sertão alcançando a sua glória.
Um cronista que faz do verso história,
Grande bardo da aldeia sertaneja;
Teu eterno cantar é uma peleja
Como herança dos vates do repente;
Cada verso revela a cor da gente,
Duma terra voraz que o sol dardeja.

A caatinga é o tema para o teu canto
Um lugar onde a vida é persistente,
Que convive na seca ou na enchente
Sem revolta, nem mesmo o desencanto.
No lirismo, o sertão é um acalanto,
Que repousa na rede dos afetos
Onde a vida é feliz nos simples tetos
No balanço dos éticos valores,
Que resiste, vencendo os dissabores,
 
Do modismo, com pérfidos projetos.

Cantador, teu verso tem as cores,
Da caatinga, da terra e do teu povo,
 
Toda vez que eu escuto me comovo
A minha alma repousa em belas flores.
O teu canto possui leves sabores
Encontrados nas frutas do sertão;
Os acordes que vêm do violão
São gemidos da terra desolada,
Ou cantigas do solo na invernada
Explodindo nos tons de um violão.


Gilmar Leite
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