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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Poesia: "Nos dez pés de martelo alagoano", a poesia de Nonato Costa e Raimundo Nonato


Quem consegue manter-se firme em pé
Não tem medo da crise quando sofre,
Todo mundo no peito tem um cofre
Como um banco central pra guardar fé.
A hipótese de ser faz quem não é
Trabalhar noite, dia, mês e ano,
Sonhar alto, rezar e fazer plano
E ir à luta buscando o que não há,
'Vez em quando' tem um que chega lá
Nos dez pés de martelo alagoano.

 Muito além do que pode tem quem vá
Sem receio dos ermos do além.
Encontrar quem tá indo a vida vem
Esperando quem custa Deus está.
Quem insiste num sonho é quem se dá
E quando nota o que fez se senta ufano,
De inicio ninguém é veterano,
Ninguém nasce sabendo o que defende,
Mas depois de errar muito a gente aprende
Nos dez pés de martelo alagoano.

O destino é ramal que se estende
A procura de oásis no deserto
Na certeza que a gloria está por perto
Uma luz de sentido a fé ascende.
Liberdade que voa ninguém prende
E incerteza nem sempre atrai engano,
Por mais frágil que seja o ser humano
Se tiver pensamento positivo,
Não desiste de nada enquanto é vivo
Nos dez pés de martelo alagoano.

Fraco e forte precisam de incentivo
E essa tese faz séculos que não muda,
Todo mundo precisa de uma ajuda
E todos lutam por um objetivo.
O agente não deixa o distintivo
Pra ser pego num ato leviano,
Pianista não foge do piano,
Mas tem gente que pega o prato-feito
E ainda fica botando algum defeito
Nos dez pés de martelo alagoano.

Não precisa ser rico e escorreito
Pra tentar ser feliz e ser um dia,
Se perder sem lutar é covardia,
Se abrir mão do quer perde o direito.
Se for negro que encare o preconceito
Quem alguns brancos tem contra o africano...
Se for crente que invoque o soberano
Que a fortuna de graça não se oferta,
Sem jogar um cartão ninguém acerta
Nos dez pés de martelo alagoano.

Quem insiste e persiste vive alerta
Para ser vencedor é candidato.
Quando o pé a maior que o sapato
Só o dono é quem sabe aonde aperta.
Muita porta precisa ser aberta
Por criança, por jovem, por decano,
Como o fogo precisa do abano
A canoa precisa dos dois remos,
É preciso ir atrás do que queremos
Nos dez pés de martelo alagoano.

Precisamos ter tudo o que não temos
Que o esforço é o teste do sufoco,
Quem se assombra com muito pede pouco,
Quem fracassa não chega aos extremos.
Ir atrás da medalha que perdemos
É provar ao contrário o desengano
Quem não move uma palha entra no cano
Quem se omite não vence nem perdura,
Só encontra a botija quem procura
Nos dez pés de martelo alagoano.

Se gostar de moleza a vida é dura
E se não for procurado vá atrás,
Vivos mortos no mundo tem demais,
Esperando somente a sepultura.
Contra a pedra a maré que bate fura
porque é insistente o oceano...
Não inveje fulano nem sicrano
Mas podendo trabalhe pelos dois
Que em dobro o retorno vem depois
Nos dez pés de martelo alagoano.

Os Nonatos

Blog do belmontense  poeta Cícero Moraes

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