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A essência continua
Das coisas da minha terra.
Criei-me no pé-de-serra
Contemplando o sol e a lua.
Em vez de brincar na rua
Brincava na fazendola
Ou no pátio da Escola
Que era na Zona Rural.
Sou do mundo Cultural
Ao som da minha Viola!
Nas noites enluaradas.
Das prosas pelas calçadas
Olhando o céu estrelado.
Não estou acostumado
A escutar "porcarias",
Quem vier com "putarias"
Mando sair do local.
Sou do mundo Cultural
Da terra das cantorias!
E nunca perdi a calma.
Carrego nessa minh'alma
Tudo que for de lembrança.
Foi no compasso da dança
Que conquistei no salão,
A minha grande paixão,
Que tornou-se especial.
Sou do mundo Cultural
De Luiz "Rei do Baião".
Faz parte do Pajeú.
Do pé de mandacaru,
Das coisas da agricultura.
Meu repente tem ternura
Existe um nós por dois "eus"
Porque para os sonhos meus
Recebo grátis o aval.
Sou do mundo Cultural,
Recebi o Dom de DEUS!
Cortando de foice lenha,
Mas quem quiser crescer tenha
Fé em Deus, Pai Verdadeiro.
Fui roceiro e fui vaqueiro
Na fazenda Santo Aleixo.
E da saudade me queixo
Quando vou pra capital.
Sou do mundo Cultural,
Minhas origens não deixo.
Eu retrato minha vida.
Ela foi muita sofrida
Mas, vou cumprir meu papel.
Pra todos Deus é fiel
E não falta primazia.
Quem tiver de alma vazia
Verse e levante o astral.
Sou do mundo Cultural,
Da terra da Poesia!
Recife PE, 20/05/2015.
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