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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Poesia: "Só com outro Zumbi ou Quilombola pode o negro alcançar a liberdade", um mote glosado por Sebastião Dias


Só com outro Zumbi ou Quilombola
Pode o negro alcançar a liberdade

As tarefas dos negros brasileiros 
Eram pretas com brancas sobre os colos 

Botar água nas tinas dos monjolos 

Domar boi nos serviços mais grosseiros 

Empilhar o café nos estaleiros 

O produto de mais necessidade 

Em passeio ou qualquer atividade 

Carregar o patrão na padiola
Só com outro Zumbi ou Quilombola
Pode o negro alcançar a liberdade

Só o negro Zumbi no seu caminho 
Enfrentou quase trinta expedições 

Brancos, índios, mulatos com canhões 

Perseguindo essa águia no seu ninho 

Ferro em brasa, chibata, pelourinho 

Já não era cruel realidade 

No quilombo existia a irmandade 

Sem patrão, capataz e nem argola 
Só com outro Zumbi ou Quilombola
Pode o negro alcançar a liberdade  

Mesmo após o decreto da princesa 
Há algemas, correntes e grilhões 
As mucamas, as senzalas, os porões 
O racismo ofendendo a natureza 

Entre brancos e negros com certeza 

Nunca houve e nem há essa igualdade 

Preconceito na atualidade 

Tem na fábrica, na rua e na escola 
Só com outro Zumbi ou Quilombola
Pode o negro alcançar a liberdade 

Ninguém deve discriminar a fé 
O regime, o costume e nem a raça 
Moçambique, Macau, Rio e Mumbassa 
Nova Deli, Moscou, Roma e Guiné 
De São Paulo, Chicago e Daomé 
Tudo é parte da nossa humanidade 
Carne humana é da mesma qualidade 
De africana, francesa ou espanhola 
Só com outro Zumbi ou Quilombola
Pode o negro alcançar a liberdade   


 Sebastião Dias

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