Poesia: "A paraíba é celeiro de poeta cantador", um mote glosado por Antônio Carneiro

A PARAÍBA É CELEIRO
DE POETA CANTADOR

Eu falo e não perco o tom

Que a Paraíba nos deu
O Luiz Dantas que eu
Admiro e Odilon.
Romano e Simorion
E Jansen que dou valor
De Nonato o bom cantor
Marcílio e Pinto Monteiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

Faz parte dessa ribeira
Romano Elias da Paz
Paraibano que jaz
Zé de Cazuza e Limeira.
E Inácio da Catingueira
Mãe Dágua desbravador
Eu sinto profundo amor
Por esse solo brejeiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

De Ronaldo Cunha Lima
De Elba, Tarcisio e Chico
É o Estado mais rico
De verso, prosa, de rima.
Do Brejo á parte de cima
Tem mestre, vate e ator
Tem rádio, voz, locutor
Orgulho do mundo inteiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

Ainda hoje eu ufano
Os versos de Zé Ramalho
Sua feira de mangalho
E as obras de Ariano.
Na PB á cada ano
Nasce bom declamador
Referências no humor
Para o povo brasileiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

Tem poeta no Teixeira
Piancó e Araçagí
Mamanguape e Picuí
Água Branca e Bananeira.
Ouro Velho e Cachoeira
Patos, Prata e Antenor
Princesa é um setor
Bayeux, Belém e Monteiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

De Caiçara á Catolé
Borborema á Boqueirão
Coxixola á Algodão
Cajá, Condado e Cuité.
De Cabedelo á Sumé
É praia x calor
Amparo a terra do amor
Cabeceiras e Umbuzeiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

Bonito de Santa Fé
Boa Vista á Assunção
Catingueira á Conceição
Alcantil á São José.
Pilar com Caturité
No verso geram terror
Em Sousa tem glosador
Caraúbas vem primeiro
A paraíba é celeiro
De poeta cantador.

Poeta Antônio Carneiro

Mote e glosa: Antônio Carneiro